Fórum Eventos 2018Painel trouxe debatedores de grandes eventos nacionais

O desafio da renovação foi o primeiro tema trazido à tona na abertura do Fórum Eventos 2018. Acontecendo desde o início da manhã, a conferência trouxe profissionais responsáveis pela organização de grandes encontros e os perguntou: como apresentar novidades sem arruinar o que já existe? O questionamento orientou os debatedores no painel "Destruição Criadora – Eventos Disruptivos".

Tonico Novaes (Campus Party), Pierre Mantovani (Comic Con), Scott Craighead (IAEE), Rafael Lazarini (RIO2C) e Ralph Peticov (Hack Town) foram os debatedores da atividade. Sérgio Junqueira, organizador do Fórum Eventos, ficou responsável pela mediação.

Fórim Eventos: opiniões

Dentro da atividade, cada executivo apresentou o evento do qual faz arte, destacando como as novas práticas são incorporadas ao modo de realizá-los. Em todos os casos, a tecnologia e as mudanças comportamentais atreladas a ela foram o ponto de convergência. Unanimidade entre os palestrantes, a digitalização do mercado de eventos é vista como caminho sem volta. 

"É certo que as mudanças que a tecnologia coloca vieram para ficar. Não significa, no entanto, que só as pessoas mais jovens sejam adaptadas a elas", pontuou Novaes. Para o executivo, o mercado de eventos pode ser simbolizado por tipos de profissionais no mercado de trabalho. A divisão está nas gerações e, na opinião dele, a grande diferença está em características como resiliência e adaptabilidade que as mais novas possuem. "Entendo que falta aos profissionais mais jovens perseverança e experiência. Por isso, os mais experientes levam vantagem, desde que adaptem-se ao que há de novo, tecnologicamente falando", comentou.

Noaves explica que sua metáfora exemplifica o que acontece com as conferências mais conhecidas do Brasil e com a dinâmica de trabalho dentro da NCI, que organiza a Campus Party. A adaptação de pensamento, que vale para trabalhadores do setor e conferências, é o resumo do que o painel propôs. Lazarini, da RIO2C, complementa: "Nosso maior desafio é a reforma. Isso é mais difícil que construir do zero", argumenta.

Segundo seu raciocínio, o entrave para o mercado de eventos se reciclar é a falta de compreensão do conceito de criação disrruptiva. "Precisamos buscar novos pensamentos que não firam aquilo que já construímos", afirmou. Já Peticov, da Hack Town, acredita que a experiência permanece sendo a chave de qualquer evento. "Gosto de trabalhar a experiência. Isso causa boa memória, e boa memória causa bom sentimento", disse.

(*) Crédito da foto: Filip Calixto/Hotelier News