Caminhoneiros- acordoAção foi em resposta ao último reajuste do diesel

Foi por pouco, mas o mercado hoteleiro não precisará se preocupar, pelo menos por enquanto, com uma nova greve dos caminhoneiros. Hoje (23), dirigentes de 11 sindicatos de motoristas autônomos se reuniram com Tarcísio Freitas, ministro da Infraestrutura.Na reunião, foi acertado um acordo em relação ao reajuste do diesel.

Os caminhoneiros pretendiam realizar uma nova paralisação no próximo dia 29, mas após quatro horas de negociações, a greve foi suspensa. O governo se comprometeu a implementar uma política de frete mínimo e, a partir de hoje, os motoristas poderão denunciar empresas que não cumprirem o acordo, sem penalidades. Até então, quem fizesse isso também era multado no valor de R$ 550.

Segundo Diumar Bueno, presidente da CNTA (Confederação Nacional dos Transportes Anônimos), o acordo deve durar dois meses, prazo para que o governo consiga implementar a política do frete mínimo com novos padrões de cálculo. "Até lá, vai valer a regra vigente", afirma em entrevista a Folha de São Paulo.

Em 2018, o frete mínimo acordado para suspender a greve foi que, sempre que a alta passar dos 10%, será repassado ao frete.  Ainda segundo Bueno, se o governo não cumprir sua parte no trato dentro do prazo, as negociações serão reabertas.

Greve dos caminhoneiros de 2018

A paralisação ocorrida no final de maio do ano passado gerou grande impacto no setor hoteleiro. Cancelamentos no feriado de Corpus Christi e abastecimento no setor de A&B (Alimentos & Bebidas) foram os principais problemas observados. Entretanto, muitos empreendimentos que possuem plano de contingência emergencial conseguiram sair ilesos.

Segundo estimativa da FecomércioSP, o prejuízo para o mercado turístico chegou a R$ 104 milhões Com a paralisação. No feriado, 17,2% das pessoas que cancelaram seus planos gastariam R$ 300 durante o período e outras 18,2% planejaram despender até R$ 600.

(*) Crédito da foto: StockSnap:Pixabay