Reservas online - estudo de desistênciaHotéis econômicos e midscale têm maior taxa de conversão

Você provavelmente já tentou fazer reserva online de hotel, perambulou por vários sites e acabou abandonando a compra, certo? Não se sinta mal, isso é muito mais comum do que imagina. Agora, tente tirar sua camisa de cliente para colocar a do hoteleiro. Consegue perceber o potencial de receita que o setor deixa de ganhar com esse comportamento do consumidor? Bem, a IgnitionOne conseguiu quantificar isso.

Especializada em serviços de inteligência de consumo, a empresa americana divulgou estudo que estima essas perdas em até US$ 10 bilhões anuais. Outra previsão da IgnitionOne aponta que a hotelaria pode ter deixado de faturar até US$ 2,4 bilhões só no último trimestre de 2018. Ao todo, a companhia examinou 4,7 milhões de reservas online de 50 marcas hoteleiras para chegar aos valores.

A IgnitionOne esclarece ainda que avaliou toda jornada de compra do consumidor no estudo. Neste sentido, usuários que colocaram algo na cesta e saíram por alguma razão, mas depois retomaram a compra, não foram considerados abandonos. 

Reservas online na hotelaria: baixa conversão

Segundo a IgnitionOne, hotéis dos segmentos econômico e midscale têm as mais altas taxas de conversão no setor. Na direção oposta, produtos upscale e de luxo têm o mais alto nível de desistência. Ainda assim, unidades econômicas registraram expansão de 12% em dezembro de 2018 no total de abandonos quando comparado a novembro e outubro. 

É importante ressaltar que tradicionalmente, dentro do universo do e-commerce, a indústria de hospedagem não é conhecida pelo alto nível de conversão. Segundo o estudo, fatores como preço, baixa confiança do usuário e má experiência no site contribuem para o elevado número de desistências.    

Uma prova disso foi vista no último trimestre de 2018. Segundo outro estudo, dessa vez da Salecycle, que analisa diversos segmentos no e-commerce, a hotelaria teve a maior taxa de abandono de compras online do ano. Ao todo, o nível de desistência chegou a 81,1% das compras. Para efeito de comparação, o mercado da moda teve 73,5% de abandono em igual período. 

(*) Crédito da foto: John Schnobrich/ Unsplash