Carlos Faria é diretor executivo do departamento de energia solar (Dasol), que faz parte da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), e durante palestra na tarde de hoje (1^o) falou sobre como os painéis solares podem reduzir os custos com energia nos empreendimentos.

 

“O investimento em energia solar se paga em dois ou três anos, muitas vezes, até antes. É melhor que deixar dinheiro no banco em aplicações de baixo e médio risco”, diz Faria, ao explicar também que os valores dos projetos variam muito de acordo com o tamanho, localização e necessidades dos empreendimentos. “E o hoteleiro é bastante cuidadoso, vai implantando o sistema aos poucos. Primeiro só para água do chuveiro, depois lavanderia, e por aí vai. Mas ele não demora a perceber que vale muito a pena”.

 

A última pesquisa feita pela Abrava mostra que 17% dos hotéis no Brasil utilizam energia solar. “A cidade de Belo Horizonte possui o maior número de metros quadrados de placas solares. São 72 m² para cada 1 mil habitantes, quatro vezes mais que a média nacional, que é de 19 m² por 1 mil habitantes”, conta Faria.

 

O Nordeste do país também tem destaque. Isso se explica pelo clima, pois quanto mais quente a região, melhor o aproveitamento das placas. Faria comenta que não conhece nenhuma pousada no sul da Bahia, por exemplo, sem a ferramenta.

 

Cidades como São Paulo, Ribeirão Preto e Jundiaí – no estado de São Paulo – e Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, apresentam forte tendência de aumento em relação ao número de placas solares, pois os novos empreendimentos são obrigados por lei a adotar o sistema. O executivo conta ainda que “em países como Chipre a adesão é de 100% da rede hoteleira e 90% das residências”.