AlagoasManutenção dos preços preocupa ABIH

Dados da ABIH-AL (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Alagoas) mostram um primeiro semestre positivo para os meios de hospedagem do estado. De janeiro a junho, a ocupação dos empreendimentos ligados à organização registraram média de 73,19%. O índice supera o verificado em 2017, quando, no período idêntico a média era de 68,08%.

O resultado do semestre, segundo a organização hoteleira, é resultado da boa movimentação do turismo doméstico. Para os representantes da ABIH, fatores como a alta do dólar induzem o turista brasileiro a viajar dentro do próprio país e acabam favorecendo a movimentação no estado.

A alta em relação a 2017, no entanto, não apaga a preocupação da hotelaria com um índice que não aumentou no período: a diária média. A manutenção dos preços ainda é uma inquietação para os empresários do ramo.

Milton Vasconcelos, presidente da associação, pondera sobre o assunto. "Aparentemente estamos vivendo um crescimento, mas isso não significa que está tudo perfeito. A alta do dólar também provoca o aumento de todos os custos e as despesas da hotelaria aumentaram por anos seguidos", pontua. "Esse aumento não foi repassado nas diárias o que gera uma bolha e a longo prazo", complementa.

Segundo o executivo, esse cenário pode reduzir a capacidade de investimentos dos próprios hotéis em suas estruturas e tornar a oferta defasada. 

Aumento da oferta em Alagoas

Outra questão que precisa de mais atenção, segundo o gestor, é o aumento da oferta, principalmente nas imediações da capital, Maceió. Nos dois últimos meses, as redes Brisa e Bristol inauguraram empreendimentos no estado.

Para a associação, a chegada de novos hotéis, apesar mostrar que vale a pena investir no na região, inibe os empreendimentos já atuantes de subir a precificação de suas diárias. 

(*) Crédito da foto: DavidLee 770924/Pixabay