Vista do Westminster e da torre do Big Ben
(foto: pixabay/pdimaria)

A cidade de Londres irá ganhar 7 mil novos quartos em 2016, quase o dobro do que foi inaugurado no ano passado. Essa situação preocupa os hoteleiros londrinos, já que, também, a demanda vem caindo consecutivamente há quatro meses no destino.

Em todo o Reino Unido cerca de 16 mil unidades habitacionais são esperadas para serem abertas neste ano. Em 2015, o número foi de dez mil, segundo o boletim publicado pela consultoria HVS sobre o último quadrimestre do ano passado.

"O grande número de aberturas previsto para 2016, em Londres, é motivo de preocupação para os hoteleiros da cidade, mesmo que historicamente o desempenho sempre foi robusto. Eles estão experenciando neste momento um crescimento limitado da demanda", comenta Russell Kett, presidente da HVS.

Segundo o estudo, o crescimento médio do RevPar nas 12 principais cidades do Reino Unido nos últimos quatro meses de 2015, foi de 2%, índice bem menor do que os 19% registrados no quarto trimestre final de 2014. O panorama de pouco crescimento no RevPar, aliado à taxa de ocupação em declínio, demonstram um cenário cinza em 2016.

“Um índice de ocupação com pouco crescimento ou declínio sempre foi historicamente seguido pela prática de redução do aumento das tarifas, indicando ao mercado a paralisação do desenvolvimento do setor", acrescenta Kett.

Mais da metade (51%) das aberturas hoteleiras no Reino Unido, nos próximos três anos, estão concentrados no segmento econômico, formado por hostels e empreendimentos de duas e três estrelas. O segundo maior (28%) setor em crescimento é o das propriedades de quatro estrelas, e cerca de 9% do pipeline de desenvolvimento são apartamentos (flats), enquanto que os outros 9% são de hotéis cinco estrelas.

"Como tem sido comum há algum tempo, as futuras aberturas estão fortemente inclinadas para segmento econômico, já que esse modelo é relativamente rápido e barato para ser construído, além de oferecer bom retorno", diz o presidente da HVS. "A demanda por quartos econômicos ainda é forte, tanto no segmento de lazer como no de negócios, consolidando esse formato em um dos mais bem sucedidos no ramo hoteleiro. Este crescimento provavelmente continue, particularmente com as novas marcas emergentes de conceito super econômico como a Premier Inn”, explica.

A atual oferta de quartos no Reino Unido é dividida de forma bastante equilibrada, entre os principais segmentos, com 33% na categoria econômica, 30% formada pelos três estrelas, e com 30% de propriedades quatro estrelas. Os flats representam apenas 3% e os cinco estrelas compõem 4% da cesta competitiva.

Serviço
hvs.com