HSMAI- gestores de viagensPara debatedores, gestores de viagens e eventos terão papel estratégico na retomada

O papel do gestor de viagens e eventos foi tema do primeiro painel promovido pela HSMAI. Com moderação de Vinicius Luz, regional travel lead da Unilever, participaram do bate-papo Marcos Sant’anna, gestor de Viagens Corporativas, ex Embaixada Americana; Thaís Freire, gestora de Viagens  do Grupo SC Distribuidora de Medicamentos e Rodrigo Machado, head of Experience da Scania.

“Antes, o gestor de viagens tinha a função de controlar os viajantes e reservas, atuar diretamente com canais de vendas e achar tarifas mais em conta. Agora, estes profissionais estão envolvidos em crescer nos próximos anos. Com países fechados, o gestor precisa ter a sensibilidade de entender o que está acontecendo no mundo de forma estratégica como ponto importante diante da pandemia”, destaca Luz.

O moderador ainda levantou a questão sobre o reconhecimento destes profissionais como estrategistas dentro das empresas e qual a visão das diretorias a respeito do cargo nos dias de hoje. “É um desafio que enfrentamos no dia a dia. Temos que mudar o mindset, pois existem empresas que não possuem programas de viagens e não acreditam como o gestor pode ajudar em projetos, conseguir melhores tarifas e elevar experiências. Aos poucos, conseguiremos mudar esse cenário. Falamos muito em dados, mas nosso papel é transformar essas informações em resultados alinhados com as expectativas”, afirma Thaís.

HSMAI: protocolos e tendências

Para Machado, os gestores estarem ambientados aos protocolos agrega valor às empresas e aos profissionais. Com o departamento caminhando lado a lado com o Comercial, as negociações acontecem de forma mais assertiva e unificada. “Peguei todo o processo de falta de protocolos até medidas rígidas, desta forma, nossos protocolos de compra se unificaram. Aprendemos muito, evoluímos e hoje o setor Compras atua como um braço direito, dividindo demandas e necessidades. Esse casamento é fundamental para escutar fornecedores e formar uma parceria estratégica”.

Sobre novas ferramentas e tendências, Sant’anna afirma que o desafio hoje não são as plataformas, mas a falta de capacitação das equipes quanto aos processos operacionais e aplicações. “Vejo ferramentas estratégicas que são tendência para a gestão como um todo. A questão é o atraso em relação à capacitação de desenvolvimento de configuração e aplicações de uso. Essas plataformas podem e devem ir além da visualização de dados se forem bem implementadas e integradas. Neste cenário, entra o papel do setor de Compras para investir em ferramentas atuais com custo de manutenção baixo, gerando valor para a empresa e para o gestor”.

(*) Crédito da capa: huntersrace/Unsplash

(**) Crédito da foto: reprodução da internet