Gabriel Waldman, Inbal Blanc (SegurHotel), Otávio Novo, consultor, e Ari Giorgi, gerente de Marketing e Vendas da Assa Abloy Hospitality
(foto: Hugo Massahiro Okada)

Inbal Blanc, especialista israelense em segurança e CEO da empresa SegurHotel iniciou na manhã de hoje, os trabalhos do I Encontro de Segurança Hoteleira no Radisson Blu, em São Paulo. O evento tem como principal objetivo, abrir uma discussão sobre as melhores práticas, troca de conhecimento entre profissionais da área, conscientização da importância da segurança na hotelaria, troca de conhecimentos e apresentação de cases e soluções.

O especialista começou a sua apresentação citando os recentes ataques terroristas em Paris, na França, que ocasionou a perda de cerca de um milhão de turistas no decorrer do ano, impactando de forma negativa a reputação do destino. Blanc apresentou um vídeo para mostrar o comportamento padrão dos suspeitos em aeroportos e hotéis pelo mundo.

"Se conseguirmos treinar a segurança de forma que consiga identificar a atividade suspeita pela expressão corporal, certamente teremos profissionais mais eficientes, minimizando riscos. No trabalho que venho desenvolvendo no Brasil, já escutei de gestores que é impossível identificar terroristas. Isso é um equívoco, pois terroristas costumam cometer os mesmos erros", explicou Blanc.

Outro exemplo utilizado pelo profissional, foi a recente hospedagem da celebridade norte-americana Kim Kardashian em um hotel de Paris, onde ela, mesmo cercada de seguranças, sofreu um assalto. "Um colaborador do hotel disse que já vinha alertando sobre o problema há cerca de seis anos. Não havia troca de códigos de segurança nem atualização das tecnologias utilizadas. Acabaram fazendo uma reportagem sobre o assalto que repercutiu no mundo. Qual o impacto que vocês acham que um acontecimento desses pode acarretar a um empreendimento? Todo o investimento em Alimentos e Bebidas, conforto e estrutura vai por água abaixo", diz o profissional.

No Brasil, algumas ocorrências recentes ganharam notoriedade nos principais veículos de comunicação, como roubos a hóspedes durante a Olímpiada 2016 e, mais grave, a tentativa de estupro sofrida por uma hóspede por parte de um dos colaboradores do próprio empreendimento. Também foram exibidas manchetes internacional sobre alguns casos de violência e roubo em hotéis no Brasil e no mundo.

Qual a solução?
"Em épocas de crise, é preciso criar planos de ação, procedimentos de segurança, treinamentos e auditorias que atestem a eficácia dessas ações. Cada colaborador tem sua responsabilidade individual quanto à segurança tanto quanto os profissionais da área e a gerência. Todos os colaboradores devem estar comprometidos com a segurança do hotel. Dessa forma é possível potencializar a segurança de um hotel a custo zero", afirma o profissional.

Outras atividades incluíram exercícios de identificação de suspeitos por meio de vídeos gravados pela câmera de segurança de hotéis e restaurantes. 

Blanc encerrou a sua apresentação com as seguintes recomendações:
– Mantenha contato visual com o suspeito
– Verifique com os colegas se eles sabem que é o hóspede
Decisão
– Sim e Não
Ação
– Informe seus colegas
– Informe o chefe de plantão
– Aborde a pessoa e identifique seus objetivos
– Se precisar acione a polícia

O evento é uma realização das empresas Assa Abloy Hospitality, Hôtelier News e SegurHotel.

Serviço
assaabloyhospitality.com
segurhotel.com.br