Presidente executivo SPCVB (São Paulo Convention & Visitors Bureau), Toni Sando falou para alguns dos participantes do MPI Lamec, que acontece hoje (6), no WTC Events Center, em São Paulo. O profissional falou sobre um conceito chamado Convention 2.0, que mira a sustentabilidade financeira de entidades fundadas para captar apoio e promover eventos em determinados destinos.

De acordo com Sando, o mundo ideal para as organizações do tipo é a independência financeira que só pode ser criada por meio de ações que busquem a autonomia financeira com apoio ao turismo desse cidade e viabilizando o lucro das empresas associadas.

Para o palestrante, já é momento dos conventions livrarem-se da dependência da doação room-tax e articularem estratégias que façam as organizações sustentarem-se com as próprias pernas. A criação de produtos é a saída apontada. 

"O futuro dessas entidades é rever seu conceito e não ficar dependendo de uma comissão que é opcional. O convention precisa partir pra outras ações que gerem receita, assim gerando sustentabilidade financeira e gerando lucro para seus afiliados", reforça. 

A saída escolhida pelo CVB de São Paulo foi a elaboração de plataformas digitais que atraiam viajantes com preços atrativos e gerem lucro aos associados levando clientes até ele. Nessa equação que visa o lucro coletivo, o convention ganha como intermediário sendo a ferramenta que intermedia essa relação cliente/fornecedor. 

"A proposta é montar, junto aos organizadores, um aplicativo (APP) que gere lucro para o associado e desconto para o viajante. O CVB ganha com o pagamento de taxas para o intermediário", enfatiza.

Tais ações, segundo Sando, não podem deixar de lado as principais missões da entidade que permanecem sendo as mesmas. 

* Foto de capa: Filip Calixto