Indicador atingiu o menor nível em cinco meses

Nesta terça-feira (8), a FGV (Fundação Getulio Vargas), divulgou queda do IAEmp (Indicador Antecedente de Emprego). Em março, o número chegou ao menor nível em cinco meses, com maior cautela dos empresários.

O indicador, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no país, apresentou declínio de 5,8 pontos registrando 93,5 pontos no mês, menor nível desde outubro de 2018. “O resultado negativo em março reforça a leitura feita no mês anterior de que os empresários estavam se tornando mais cautelosos após um período de aumento do otimismo”, afirma Rodolpho Tobler, economista da FGV, em nota.

“O ajuste expressivo das expectativas, devolvendo cerca de três quartos da melhora observada no final de 2018, sugere que o ritmo esperado de contrações continuará lento e gradual”, complementa. 

IAEmp: outros indicadores

Outra má notícia foi a alta do ICD (Indicador Coincidente de Emprego), que capta a percepção das famílias sobre o mercado de trabalho, que subiu 2,0 pontos, atingindo os 94,1 pontos. O comportamento do indicador é semelhante ao da taxa do desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado.

“O aumento do ICD, mantendo-se em patamar elevado, retrata a situação ainda difícil do mercado de trabalho”, completa Tobler. 

No trimestre até fevereiro, a taxa de desemprego no Brasil voltou a subir, atingindo o número de meados do ano passado, chegando a 12,4%. Segundo o IBGE, o montante representa 13 milhões de cidadãos sem emprego no país. 

(*) Crédito da foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas