CNC - índice de consumoExpectativa de mais consumo pode estimular setor de viagens

A ICF (Intenção de Consumo das Famílias) alcançou 95,9 pontos em janeiro de 2019, alta de 5,1% frente a dezembro. Em relação a igual período de 2018, a expansão verificada é 14,7%. Os dados foram divulgados hoje (17) pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), que tem novo presidente desde novembro

Segundo a entidade, a alta registrada frente a dezembro de 2018 foi a maior da série histórica da CNC, iniciada em 2010. Apesar dos resultados positivos, o indicador ainda permanece abaixo de 100 pontos desde maio de 2015, limite considerado de insatisfação.

Na avaliação da CNC, as condições favoráveis do mercado de trabalho, aliadas à estabilidade inflacionária e ao recebimento do 13º salário, contribuíram decisivamente para o crescimento do indicador. Subíndices que compõem o levantamento também registraram alta. Destaques para os componentes “Momento para Duráveis” (+11%), “Perspectiva de Consumo” (+5,8%) e “Perspectiva Profissional” (+5%).

“Nesse sentido, os subíndices Renda Atual (+3,8%) e Emprego Atual (+3,1%) estabeleceram um cenário favorável para o consumo”, avalia Antonio Everton, economista da CNC. “Diante do cenário em que o crescimento econômico vem sendo gradual, podendo acentuar-se em 2019, a intenção de consumo tenderá a crescer durante o ano, mas dificilmente repetirá a taxa de janeiro”, prevê.

CNC: indicador por região

Regionalmente, o ICF revelou que as famílias do Centro-Oeste são as únicas realmente satisfeitas nas intenções de compras. Por lá, o indicador superou o patamar de 100 pontos, ficando em 100,7. Em seguida, aparecem o Sul (99,4 pontos) e o Nordeste (96,1pontos).

De maneira geral, as famílias brasileiras se apresentaram em melhores condições e menos insatisfeitas do que há um ano. Na comparação com 2018, o ICF avançou 14,7%, graças às variações no Sudeste (+17,8%) e no Nordeste (+16,1%), principalmente.

(*) Crédito da foto: JESHOOTS-com/Pixabay