cnc- icfIndicador subiu 1,8% em agosto frente a julho

A ICF (Intenção de Consumo das Famílias) apresentou crescimento após cinco quedas consecutivas. O indicador subiu 1,8% em agosto frente a julho, que registrou recuo de 1,7%, segundo a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). 

Os resultados de agosto reverteram o cenário de quedas iniciado em março deste ano, atingindo os 91,4 pontos. A tendência de gastos das famílias se estabilizou em comparação com o patamar de dezembro do ano passado (91,2 pontos), subindo 6,8% na comparação com o mesmo período em 2018 (85,6 pontos). A alta deste mês tem relação com as variações positivas nos subíndices de Perspectiva de Consumo (4,0%) e Momento para Aquisição de Bens Duráveis (2,4%), assim como o de Renda Anual (1,9%). 

“O maior otimismo das famílias na programação de seus gastos reflete o cenário de mudanças na economia, com medidas que apontam um período de crescimento sustentável gradual do País”, avalia José Roberto Tadros, presidente da CNC. “Uma possível melhora no nível de endividamento e a possibilidade dos saques nas contas do FGTS e do PIS/Pasep estão estimulando decisões de compra a prazo.”

O ICF tem permanecido abaixo de 100 pontos, zona considerada de insatisfação, desde abril de 2015, quando chegou aos 102,9 pontos. Apesar de ter melhorado, em agosto, a insatisfação das famílias manifestou-se em quatro itens do ICF, como Compra a Prazo (85,7 pontos), Nível de Consumo Atual (71,9 pontos), Perspectiva de Consumo (91,0 pontos) e Momento para Duráveis (62,6 pontos).

CNC: outros indicadores

Já os indicadores Renda Atual e Emprego Atual (este com variação de 0,8% em relação a julho) apresentaram-se como os mais altos do ICF de agosto: 108,8 e 116,1 pontos, respectivamente. O economista da CNC Antonio Everton Junior observa que o aumento do otimismo em relação à propensão às compras ocorreu em todas as faixas de renda e regiões do país. “A estabilidade relativa dos preços e uma melhora gradual no mercado de trabalho são dois fatores de influência direta na percepção de consumo das famílias e também ajudam a explicar a recuperação do ICF em agosto”, afirma.

(*) Crédito da foto: Pexels/Pixabay