ics brasil 2018Militares lotaram a plateia na abertura do evento

Pregando a integração entre as iniciativas pública e privada, começou há pouco a edição 13 da ISC Brasil – Conferência Internacional de Segurança. O evento é realizado no Expo Center Norte, em São Paulo, e tem a hotelaria como um dos mercados em destaque. "A feira deste ano cresceu 15% em ralação ao ano passado. O aumento está ligado a maior participação de marcas que miram setores pouco atendidos, como hotéis e hospitais", explica Paulo Octávio de Almeida, vice-presidente Comercial da Reed Exhibitions

Ao longo de três dias, o encontro mostra 150 marcas com os mais diferentes itens relacionados à segurança. A expectativa da organização é receber cerca de 15 mil compradores qualificados. Profissionais de 20 países devem passar pelos corredores. "A segurança permeia a rotina de vários mercados e é uma necessidade que ganha importância nos anseios da iniciativa privada", discursa Almeida. 

O representante da Reed Exhibitions esclarece ainda o complemento de nome que o evento ganhou este ano: 4.0. "Com isso, deixamos claro nossa preocupação com a segurança digital, demanda cada vez mais presente", argumenta. Outra novidade para o ano é a ala ISC Experience. A área é feita por cenários que recebem equipamentos de segurança expostos no evento e mostra como eles podem ser utilizados. Vale lembrar que, amanhã, a SegurHotel organizará uma visita guiada para hoteleiros pela feira.

Contexto brasileiro para o ISC Brasil

O ISc Brasil acontece num momento em que a segurança está presente na ordem do dia. E foi assim também no ato de abertura. Entre os personagens do discurso inaugural esteve Raul Jungmann, que assumiu, na semana passada, o recém-criado Ministério Extraordinário da Segurança Pública, além de chefiar o Ministério da Defesa. 

Jungmann explicou as razões da criação do ministério e qual o papel dele no cenário atual do país. "Essa pasta surge de necessidades prementes, que convive com dificuldades diárias na segurança pública", enfatiza. 

O ministro ainda elencou os mais relevantes objetivos do ministério no momento. Os principais pleitos são: valorização da polícia; coordenação entre órgãoes de segurança e governo federal; aumento de recursos para inteligência e tecnologia; e unificação nos sistemas de informação. O político ainda lamentou a falta de blindagem orçamentária que a segurança tem frente a outros ministérios.

A intervenção militar decretada non Rio de Janeiro foi outro assunto em destaque na manhã. Secretários de segurança e empresários que tiveram a palavra declararam-se a favor da medida que vigora desde a metade de fevereiro.

* Foto de capa: Filip Calixto