Matéria atualizada às 16h57 de 26 de maio*

flexibilização- governo de spMunicípios reabrirão de acordo com os indicadores

Nas últimas semanas, o governador de São Paulo, João Doria, vinha sendo questionado sobre o possível decreto de lockdown no estado. Ontem (25), em entrevista ao Globonews, ele adiantou algumas medidas do plano de retomada das atividades e flexibilização da quarentena a partir do dia 1º de junho.

As novas regras de isolamento social e retorno gradual do comércio serão feitos de acordo com as características de cada um dos 645 municípios. O anúncio oficial deve ser feito amanhã (27), juntamente com uma proposta de recuperação econômica do estado.

“Neste momento não há perspectiva de lockdown imediato em São Paulo, mas o protocolo existe, ou seja, neste momento não vamos decretar lockdown nem na capital nem em nenhuma outra cidade do estado. O acompanhamento é feito diariamente e nós teremos uma nova quarentena, mas ela será uma quarentena inteligente levando em conta toda a regionalização do estado, no interior, capital, região metropolitana e litoral”, explicou o governador ao canal de TV.

O plano de reabertura será realizado em quatro fases de acordo com os indicadores e pré-requisitos de cada região. As taxas de isolamento deverão estar acima dos 55%; ocupação de leitos de UTI abaixo de 60% e redução do número de casos por 14 dias seguidos. Os municípios que cumprirem as exigências poderão partir para a fase inicial de retomada. 

Flexibilização: o que abre

As cidades que iniciarem a flexibilização poderão reabrir, na primeira fase: estabelecimentos comerciais com área de venda igual ou inferior a 400 metros quadrados (m²), incluindo comércios localizados em shoppings. As regras de distanciamento e mais detalhes ainda serão definidas.

Nos 14 dias seguintes, caso a região apresente estabilidade nos indicadores, pode passar para a fase dois que contempla lojas maiores com área superior a 400 m², valendo também para comércio dentro de shoppings.

Após mais 14 dias, a terceira etapa permite a reabertura de hotéis, pousadas e meios de hospedagens no geral com regras específicas. A quarta e última fase dá o aval para o retorno de cinemas; teatros; missas; igrejas; cultos religiosos; parques; academias e práticas esportivas sem contato físico, além de creches, escolas e universidades.

Caso os indicadores piorem, os municípios poderão retroceder e voltar para as fases anteriores. Independentemente de números, até 20 de julho alguns setores permanecerão obrigatoriamente fechados: feiras; clubes; cinemas; igrejas; teatros; academias; museus; bibliotecas; atividades culturais; de lazer e esportes coletivos; shows; boates; jogos; exposições; festas públicas e particulares; leilões; reuniões sociais e utilização de praças e locais públicos para a prática de esportes.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo