quarentenaGovernador fez o anúncio em coletiva de imprensa

Com a rede pública próximo do colapso e contínuo aumento no número de casos, São Paulo resolveu ampliar o tempo das medidas de isolamento social. Hoje (8), em coletiva no Palácio dos Bandeirantes, o governador João Doria ampliou a quarenta em todo estado até 31 de maio. Desde 24 de março, São Paulo tem apenas serviços essenciais abertos, como medida para conter o avanço do novo coronavírus

Um decreto será publicado detalhando o assunto nos próximos dias. Com isso, permanecem com fechamento obrigatório todo o comércio e empresas de serviços não essenciais, como lojas, bares, cafés e restaurantes. No caso dos estabelecimentos gastronômicos, continua permitida a venda no sistema delivery.

Permanecem abertos transportadoras, postos de gasolina, oficinas de automóveis e motocicletas, serviços de transporte público, táxis, aplicativos de transporte, call center, lojas de pet shop e bancas de jornais. Bancos, serviços bancários, incluindo lotéricas, também seguem funcionando. "Nenhuma medida aqui anunciada é restritiva ao trabalho das indústrias. A indústria não tem atendimento público", disse Doria.

João Doria e a quarentena

O anúncio também ilustra uma mudança na linha de atuação do governo, que antes trabalhava com recomendações. Agora, a gestão Doria passa a tratar o fechamento de estabelecimentos e o isolamento como obrigatório. "Saímos do campo da recomendação para determinação", disse o governador.

A prefeitura de São Paulo já havia feito um decreto para obrigar o fechamento de lojas, informa a Folha de São Paulo. Agora, com a quarentena imposta pelo governador, bares, cafés e restaurantes, entre outros, passarão a ser fiscalizados. A estimativa da prefeitura é que entre 90% e 95% dos comércios fecharam espontaneamente.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo