Toronto, a maior cidade do Canadá e a
quinta maior da América do Norte
(fotos: Chris Kokubo)

 

Não tem como falar de Toronto e não cair um pouco no lugar-comum. Ótima qualidade de vida, muitas raças e culturas, transporte de primeira, baixíssimo índice de criminalidade e, um dos mais importantes, hospitalidade acolhedora e competente. Uma coisa é certa: Toronto sabe como bem receber e encantar seus turistas. O In Loco Especial desta semana traz um retrato do Le Méridien Royal York, hotel que o Hôtelier News conheceu no coração financeiro desta metrópole norte-americana de 2,5 milhões de habitantes.

 

Por Chris Kokubo*

 

Os toldos azuis se destacam na fachada
discreta do Le Méridien King Edward

 

O Le Méridien King Edward – mais conhecido na cidade como King Edward – vem há mais de um século recebendo seus hóspedes. Foi em 1903 que George Gooderham, na época um dos mais ricos homens de negócios de Toronto, investiu cerca de US$ 6 milhões para construí-lo. O hotel foi batizado em homenagem a Edward VII, rei do Reino Unido de 1901 a 1910. No começo, um pernoite no hotel custava aproximadamente US$ 1,50 por um quarto sem banheiro e US$ 7 para aqueles com sala e banheiro privativos. Em 2007, a diária média foi de US$ 219, e a taxa de ocupação chegou a 70%.

 

 

Os simpáticos Robbie Bishop, diretor de Vendas e Marketing,
e Jean Guillaumot, gerente geral do hotel. Atrás, o quadro
do Rei Edward, que administrava o império inglês
quando o hotel foi inaugurado, em 1903

 

Em mais de 100 anos de história, muitas foram as celebridades que passaram por aqui. “A parte de alimentos e bebidas do hotel é muito conhecida e requisitada devido aos diversos eventos sociais que já realizamos”, explica Jean Guillaumot, o francês à frente da gerência geral do hotel. “Quando reformamos o nosso salão de bailes principal, teve uma senhora que veio inconformada dizendo que não poderíamos fechar o lugar onde ela havia se casado há anos. Este lugar representa muitas histórias importantes para a elite da cidade”, completa.

 

 

A entrada principal do King Edward é esta, na King Street East

 

No centro da porta giratória, a escultura de um autóctone
canadense acompanha os primeiros passos dos hóspedes

 

À direita da entrada fica o balcão do concierge

 

O quadro do rei saúda quem chega. Pé direito alto, sofás…

 

…flores e arquitetura clássica proporcionam
um ambiente bastante agradável

 

Ao passarmos a porta giratória, damos de cara para o lobby com pé-direito alto, colunas, detalhes e flores naturais, que garantem cores e odores agradáveis. Logo à frente, em uma das paredes, um grande quadro retrata o rei que deu nome ao hotel. Com sofás confortáveis e tapetes coloridos, o clima é bastante aconchegante.

 


Na recepção, muitos quadros decoram a parede

 

O lobby é bastante espaçoso

 


Do andar onde estão as salas de conferência,
tem-se uma bela visão do térreo

As colunas e afrescos recebem farta iluminação natural

 

Com 298 UHs, o King Edward conta atualmente com 300 colaboradores. Um andar – o Royal Club Floor – é dedicado aos vips. Todas as habitações oferecem roupão, chinelos, TV a cabo – inclusive o canal Globo, em português -, jornal, ferro e tábua de passar roupa, telefone, conexão à internet, ar condicionado, secador de cabelo e despertador. Além disso, é proibido fumar nas UHs e há disponibilidade para deficientes físicos.

 


Duas camas queen na UH em que nos hospedamos
 

 

Banheira e amenities de qualidade

 

Mesa de trabalho com conexão à internet

 


O móvel traz o mini-bar e a TV
a cabo, com acesso inclusive
a um canal em português

O sofá para leitura, próximo à janela, recebe bastante luz natural

 

Uma das partes mais gostosas: o saboroso
mimo que a equipe do
Hôtelier recebeu

 

São quatro elevadores que levam às habitações

 

A maior parte dos hóspedes vem a negócios e uma das maiores contas corporativas é a brasileira. “Depois dos clientes do Canadá, Estados Unidos, México e Reino Unido, os que mais freqüentam o hotel são os brasileiros. Recentemente, recebemos o CEO da Companhia Vale do Rio Doce e sempre hospedamos grupos do Brasil a negócios”, declarou Robbie Bishop, diretor de Vendas e Marketing que nos recebeu para um café da manhã no elegante restaurante do hotel, o Victoria’s.

 

 

O restaurante Victoria’s tem dois ambientes:
um no mesmo que o lobby…


 
…e o outro fechado. A simpática Hanane Karim trabalha no King Edward desde 2004: “é um ótimo hotel para se trabalhar”


 

Um tradicional café da manhá norte-americano

 

 

No andar térreo, próximas à recepção, há lojas de presentes…

 

… e galeria de arte

 

A escultura próxima aos elevadores convida para uma
exposição peruana em um dos museus da cidade.
Esta outra é típica dos autóctones canadenses

 

 
Há também uma pequena loja de roupas


Sentada no restaurante, é esta a visão
que se tem da entrada do hotel
 

 

Além do Victoria’s, o hóspede tem à sua disposição o The Consort Bar, que tem vista para a movimentada King St, rua do hotel. O bar serve drinques e refeições leves, enquanto o restaurante, sob a batuta do chef Daniel Schick, é responsável pelo café da manhã, almoço e jantar, além do tradicional chá inglês e do famoso brunch de domingo. Room service 24 horas completa as opções de A&B do King Edward.

 

 
Aqui, a entrada do Consort Bar
 

 

O ambiente tem decoração bastante sóbria

 

São 14 salas de conferências e 3 grandes salões de festas que recebem os eventos corporativos e sociais no hotel, para um público que pode variar de 10 a 500 pessoas. O maior dos salões, reformado em 2005, tem aproximadamente 300 m² e já recebeu inúmeros eventos grandiosos.

 
 

 

No segundo andar do hotel, ficam a recepção e as salas de reuniões

 

 

No térreo, ficam os salões de festas – como o Soberano,
à esquerda – e salas maiores para conferências

(fotos: starwoodhotels.com)

 

O hotel oferece também academia e o Maria Spa and Salon, “um spa nos moldes das mais finas tradições européias”. Os tratamentos vão de manicure (US$ 5 por unha) a tratamento para acne (US$ 302,50 por seis sessões), passando por massagens, tratamentos contra celulite e aromaterapia.

 

 
A entrada do spa e o corredor que leva às salas de tratamentos

 

O King Edward está muito bem localizado, em uma das ruas mais conhecidas de Toronto, próximo ao metrô, a restaurantes, teatros, à CN Tower – um dos cartões postais da cidade -, e à baía no Lago Ontário, um dos Grandes Lagos entre Canadá e Estados Unidos, que banha a cidade.

 


O hotel fica em uma esquina

 

Na mesma rua, encontramos esta igreja…

 

Ao lado desta praça florida

 

O coreto é perfeito para casais de namorados

 

Bem próximo, a linha de um ônibus elétrico é uma das opções
de transporte público menos poluente


 

Aqui, a CN Tower vista de baixo…

 

…e de cima

 

 Estas árvores são do Toronto Island Park,
um lugar delicioso no Lago Ontário


 

E esta é a vista de Toronto que se tem do parque

 

Quando a gente pega um mapa de Toronto para se localizar, dá até gosto. Nada de bagunça, de ruas sinuosas que não têm mais fim. Tudo organizado, servido pelo metrô ou pelas linhas de ônibus elétrico que funcionam nas principais vias da cidade. Turista aqui se acha fácil. Lixeiras multicoloridas – cada cor representa um tipo de lixo que pode ser jogado – encontram-se espalhadas pela cidade, e as ciclovias continuam a se perder de vista. Claro que, como qualquer outra grande cidade, Toronto tem problemas sociais, mas eles não são gritantes a ponto de serem vistos em toda esquina. Dá gosto vir passar uma temporada por aqui. Se for no verão, então, melhor ainda. Os festivais tomam conta da cidade, muitos deles gratuitos. E em setembro, no começo do outono, a cidade promove o grandioso Festival Internacional de Cinema de Toronto.

 


A alguns quarteirões do hotel
fica o St Lawrence Market…
 

 

…onde encontramos frutas, grande variedade de queijos…

 

…e outras delícias mais

 

Prédios modernos convivem
com antigas construções

 

 
 

Uma opção de passeio bem legal é o Festival de Lanternas Chinesas, que acontece todo ano durante o verão. É impressionante o que os artistas fazem com papel e lâmpadas

 

E por aqui também é possível fazer aqueles
passeios no ônibus que vira barco


Aqui, a simpática e bastante solícita Michele Simpson,
gerente de Media Relations do Toronto Tourism,
órgão de turismo oficial da cidade

Bairros descolados, museus impressionantes, bares, restaurantes, cinema, parques e teatro estão prontos a receber os turistas nesta cidade de colonização inglesa que hoje mescla os mais variados tipos de gente, de cores, costumes e línguas. A terceira maior Chinatownda América do Norte está aqui – atrás somente das de São Francisco e Vancouver. Cerca de 50% dos habitantes de Toronto nasceram fora do Canadá, índice impressionante que mostra o quanto a cidade está aberta aos estrangeiros e turistas. O Le Méridien King Edward Royal York foi o primeiro hotel de luxo a recebê-los e continua pronto para aqueles que quiserem voltar.Como nos contou o gerente geral do King Edward, Jean Guillaumot, “Uma vez, o ator e escritor suíço Peter Ustinov disse: “Toronto é como Nova York, mas dirigida pelos suíços”, fazendo referência à sofisticação, organização e variedade da cidade”. Ele tinha razão. Vale à pena conferir.

 

 
Quem quer visitar as redondezas, uma boa pedida são as belas Cataratas do Niágara. No caminho, pode-se conhecer vinhedos e degustar ótimos vinhos. Uma dica: o Ice Wine é produzido
com uvas congeladas e tem um gosto dos deuses
 

Do helicóptero, uma visão de ambas as quedas: a americana,
mais à esquerda, e a canadense, em forma de ferradura de cavalo

 

As duas quedas ao final da tarde…

 

…e à noite, com as luzes da cidade acesas

 

Serviço

Le Méridien King Edward

37 King Street East

Toronto, Ontário, Canadá

M5C 1E9

+1 (416) 863-9700

 

*A reportagem do Hôtelier News viajou a Toronto a convite da Via Rail – companhia de trem – e do Toronto Tourism, órgão oficial de turismo da cidade, e hospedou-se no Le Méridien King Edward a convite do hotel