mtur- programa reviveLive contou com a participação de representantes do IPHAN e do PPI

Aprovado no início do mês de março, o Programa Revive consiste na recuperação de patrimônios históricos e culturais em solo nacional. Em live realizada na última quinta-feira (9), o MTur (Ministério do Turismo), junto ao Iphan (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e à SPPI (Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos) anunciou que já coloca em ação os próximos passos para o projeto.

Com objetivo de gerar um potencial turístico na região e criar novas oportunidades de emprego, o programa é parte de uma parceria com Portugal. Neste momento, o MTur já  está em tratativa com o BNDES para a execução de estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental dos locais selecionados. A pesquisa é necessária para elaboração dos editais de licitação, que deverão conter os valores de outorgas e os tempos de concessão.

“É uma relação em que todo mundo ganha, principalmente o turista, já que aquele patrimônio histórico, que muitas vezes está subutilizado ou que estava sendo degradado, se torna um importante ponto turístico da cidade. Além disso, o programa, extremamente moderno e que visa realmente um melhor aproveitamento dos patrimônios históricos do Brasil, irá gerar emprego e renda para os brasileiros”, destacou Marcelo Álvaro Antônio, ministro do Turismo.

Segundo Martha Seillier,  secretária Especial do Programa de Parcerias de Investimentos, o Revive não representa a privatização de patrimônios, mas sim a concessão dos espaços. “É uma parceria no sentido amplo da palavra, em que o privado vem com o recurso para cuidar desse patrimônio e, ao mesmo tempo, trazer todo o seu conhecimento para dar visibilidade, atrair cada vez mais pessoas para essa visitação, com todas as regras que o poder público estipular nesse contrato. O poder público sai do papel de manutenção de gestão e vai para o papel macro de atrair investidores e de fiscalizar a boa gestão desses empreendimentos”.

MTur: o projeto

Além da pesquisa que está sendo feita, locais receberão recomendações do Iphan sobre quais intervenções serão possíveis em cada imóvel.  Segundo Larissa Peixoto, presidente da entidade, a recomendação é feita respeitando a sua vocação, traços paisagísticos, arquitetônicos e históricos. “O Iphan está construindo essa metodologia em conjunto com um grupo, e as equipes técnicas que estão envolvidas estão muito animadas com esse projeto, pois acreditamos muito que a preservação é a promoção de uma gestão sustentável dos imóveis”, declarou.

Ao todo, quatro patrimônios históricos servirão como base para o Revive no Brasil. São eles: a Fortaleza de Santa Catarina, em Cabedelo (PB); o Forte Nossa Senhora dos Remédios, em Fernando de Noronha (PE); o Forte Orange, na Ilha de Itamaracá (PE) e Fazenda Pau D’Alho, em São José do Barreiro (SP).

(*) Crédito da foto: Roberto Castro/MTur