OMT: França é o país mais visitado no mundo; EUA o que mais fatura com o turismo
28 de agosto de 2018Turquia é destaque na chegada de turistas estrageiros
Divulgado ontem (27), o estudo UNWTO Tourism Highlights 2018 trouxe ainda uma série de outros dados. Entre eles, os rankings dos países que mais receberam visitantes estrangeiros e os que mais faturaram com receitas provenientes do segmento. Vale ainda um registro: o Brasil derrapa em ambos, estando muito longe das primeiras posições.
Na comparação com o top 10 de 2016, não houve grandes mudanças entre os países mais visitados do mundo. Os cinco primeiros colocados, por exemplo, mantiveram suas posições. Destaque para a França, que permanece na liderança, com um total de 86,9 milhões de turistas internacionais, alta de 5,1% frente ao ano anterior. Na sequência, aparece a Espanha, com 81,8 milhões (+8,6%), seguido pelos Estados Unidos, com 75,9 milhões (-3,8%).
Vale registrar os avanços dos mercados mexicano e turco, que pularam duas posições (cada um) no top 10 de 2016 para 2017. Em função da alta de 12% no fluxo de turistas estrangeiros, o México saltou da oitava para a sexta colocação, totalizando 39,3 milhões de viajantes. Já o mercado turco teve elevação de 24% (maior expansão no top 10), saindo do 10º para o oitavo lugar. No total, o país recebe 37,6 milhões de visitantes estrangeiros.
"Houve um recorde no ano passado, com 1,3 bilhão de turistas viajando pelo mundo. Os dados da OTM comprovam como a atividade é importante para a economia global e também para o desenvolvimento de cada país”, comenta Alexandre Sampaio, presidente da FBHA (Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação).
OMT: receitas do turismo
Já os Estados Unidos mantém a liderança absoluta na arrecadação proveniente do turismo internacional. Em 2017, o país comandado por Donald Trump teve receitas de US$ 210,7 bilhões, mais do que o triplo do segundo colocado, a Espanha (US$ 68 bilhões). Na sequência aparecem França (US$ 60,7 bilhões), Tailândia (US$ 57,5 bilhões) e Reino Unido (US$ 51,2 bilhões).
A OMT destacou o avanço de Macau, território controlado pela China, que saltou da 12ª para a nona posição no ranking. No ano passado, a região administrativa acumulou receitas de US$ 35,6 bilhões, alta de 17,6% frente a 2016 (maior crescimento no top 10), muito em função dos cassinos locais.
“O aumento das receitas geradas pelo turismo internacional no mundo é animador, porque sabemos que vão refletir em outros setores, contribuindo para geração de empregos, para o crescimento das redes hoteleiras e para o aumento do consumo", avalia Sampaio.
Sampaio: Brasil trabalhar para dobrar fluxo de turismo até 2022
Recorte Brasil
Patinando há décadas com o mesmo patamar de visitantes estrangeiros, o Brasil recebeu 6,58 milhões de turistas internacionais. O resultado beirou a estabilidade em relação a 2016, quando 6,54 milhões (+0,6%) de viajantes estiveram no país. Mesmo não sendo um destino praia concorrente, a Argentina ficou à frente do Brasil, com 6,7 milhões de desembarques.
Na América do Sul, o maior crescimento no fluxo de turistas internacionais foi da Colômbia (+21,4%), seguido por Uruguai (21%), Paraguai (+17,5%) e Chile (+14,3%). Vale destacar que o último colou no Brasil, recebendo 6,45 milhões de visitantes estrangeiros em 2017.
"No Brasil, trabalhamos para promover uma mudança no cenário para que possamos dobrar o número anual de turistas estrangeiros no país, que passa dos 6 milhões. Queremos chegar a 12 milhões em 2022”, afirma Sampaio. “Também temos a expectativa da inserção de 40 milhões de brasileiros no mercado consumidor de viagens. É um desafio! Até porque hoje em dia menos da metade da população viaja todos os anos”, completa.
Já as receita acumuladas com o turismo internacional no Brasil caíram 3,56% em 2017, somando US$ 5,8 bilhões. Apesar do recuo, o país lidera a arrecadação proveniente de turistas estrangeiros na América do Sul, seguido por Argentina (US$ 5,06 bilhões) Colômbia (US$ 4,82 bilhões) e Chile (US$ 3,63 bilhões). O último, entretanto, teve o maior salto de um ano para outro, com expansão de 26,6%.
(*) Crédito da capa: veerasantinithi/Pixabay
(*) Crédito da foto: Trudi90/Pixabay
(**) Crédito da foto: Divulgação/FBHA