Horário de verão - Alexandre GehlenGehlen: hotelaria pode ter impacto indireto 

O governo federal confirmou hoje (16) que manterá o início do horário de verão para 4 de novembro, informou a Agência Brasil. Com isso, o Palácio do Planalto dá fim à indefinição sobre o tema. Para a hotelaria, o anúncio não deve alterar muito a rotina. Outros segmentos dentro da cadeia do turismo, caso da aviação, podem ser afetados.  

Geralmente, o horário começa em outubro. Ainda no ano passado, contudo, o governo federal anunciou que o adiaria para novembro em virtude do segundo turno das eleições. No início do mês, o Planalto anunciou que, a pedido do Ministério da Educação, adiaria o início do horário de verão para 18 de novembro. A medida visava não atrapalhar os candidatos do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), cujo primeiro dia de provas será justamente em 4 de novembro.

Agora, o governo federal recuou da decisão de manter o dia 18 como data do início após estudo de viabilidade feito pelos ministérios de Minas e Energia e Transportes. Recentemente, a Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) havia criticado a mudança. Na avaliação da entidade, a alteração poderia afetar 3 milhões de passageiros que já haviam adquirido passagens antecipadamente.

No horário de verão, que tem como objetivo economizar energia elétrica, os relógios devem ser adiantados em uma hora. No total, 11 estados adotam a medida, concentrados nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste.

Horário de verão: impacto

Na visão de Alexandre Gehlen, presidente do Conselho de Administração do FOHB (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil), a indefinição sobre o início do horário de verão não deve trazer impacto direto na hotelaria. Ainda assim, o setor deve ficar atento para entender o que a situação pode provocar, visto que haverá reflexos na aviação.

“Nos anos anteriores, quando o início do horário foi efetivamente programado, a hotelaria não sentiu nenhum efeito. Isso ocorre muito em função da flexibilidade que o setor tem para check-in e check-out dos clientes”, explica Gehlen, que também preside a Intercity Hotéis. “Em 2018, em função dessa falta de orientação no devido tempo, talvez a aviação seja prejudicada. Com isso, pode ser que a hotelaria possa ter algum efeito indireto", completa.

(*) Crédito da foto: Free-Photos/Pixabay

(*) Crédito da foto: Filip Calixto/Hotelier News