CNC - José Roberto TadrosTadros vê desempenho do turismo seguindo economia como um todo

O turismo nacional movimentou R$ 20,4 bilhões em julho, aponta o ICV-Tur (Índice Cielo de Vendas do Turismo da CNC). O montante representa alta de 1,5% frente igual período de 2018 e de 9% em relação ao mês anterior. O indicador foi divulgado pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), que vê retomada gradual no setor.

“Restaurantes e Similares” (R$ 10,8 bilhões) e “Transporte de Passageiros” (R$ 5,6 bilhões) foram os segmentos que mais se destacaram. Juntos, os dois ramos responderam por 80,5% do volume de faturamento do setor no período. Mais ainda, o valor medido em julho significa alta de 4,9% e 20,2%, respectivamente, em relação a junho.

No acumulado até julho, o faturamento do setor soma R$ 136,7 bilhões, crescimento de 1,1% frente a igual período de 2018. Além disso, o montante medido é o maior valor dos últimos quatro anos. Já na análise em cima dos últimos 12 meses encerrados em julho, a receita do turismo sobe 1,4% na mesma base de comparação.

Para José Roberto Tadros, presidente da CNC, o turismo nacional vem dando sinais moderados de recuperação. “O crescimento do faturamento mensal dá indicativos de alta para os próximos meses, em sintonia com a performance esperada para a economia neste segundo semestre, principalmente em função das possibilidades de gastos dos consumidores”, diz.

CNC: empregos

O turismo gerou, em julho, 25.049 novos empregos a mais do que igual mês de 2018. Segundo a entidade, o resultado é fruto da recuperação gradual dos ramos econômicos típicos do turismo, como “Hospedagem e Alimentação” (+33.745 novos empregos) e “Cultura e Lazer” (+1.399). Já o subsegmento de “Transporte de Passageiros” demitiu perto de 11 mil trabalhadores, em pese a saída da Avianca do mercado. Em julho, o desemprego no país caiu a 11,8%, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Antonio Everton, economista da CNC, destaca a força do turismo na geração de empregos. Segundo ele, o número de pessoas empregadas no setor representa 7,6% do contingente de trabalhadores com carteira assinada (38.828.681) no país. “A evolução no setor está em compasso com o que vem acontecendo com o mercado de trabalho em geral”, destaca.

(*) Crédito da capa: PatternPictures/Pixabay

(**) Crédito da foto: Divulgação/CNC