De Austin, Texas (EUA)*
 
 
 
O segundo dia do Pmweb Hit the Road 2011 (PHTR) começou cedo nesta ensolarada e quente segunda-feira (20), em Austin, Texas, Estados Unidos. Com picos próximos aos 40º, os participantes do PHTR rumaram às 7h para o Austin Convention Center, localizado a cinco quadras do hotel em que estão hospedados, o W Austin.
 
Após o credenciamento para o Revenue Optimization Conference, organizado pela HSMAI – Hospitality Sales & Marketing Association International, teve início a primeira atividade do dia: o painel How will hotels ROC the future? (Como os hotéis irão driblar o futuro?), mediado por John Parke, chairman e CEO da Leadership Synergies, e com as participações de Elizabeth Cambra, diretora de Pricing & Revenue Optimization da Outrigger Hotels (Havaí), Tim Hart, vice-presidente executivo de Business Intelligence da Rubicon, Patrick Schales, analista e vice-presidente sênior da FBR Capital Markets, e Randy Smith, chairman e proprietário da STR (Smith Travel Research).
 
Economia
Nos últimos anos, a economia dos Estados Unidos sofreu vários percalços, mas vem se recuperando lentamente. “As eleições no ano que vem são a única preocupação que temos, e a crise econômica na Grécia não deverá nos afetar e nem ao continente europeu. As companhias estão em crescimento, as ações deverão ficar estáveis e os hoteleiros dos EUA têm a missão de incrementar as suas tarifas em mais de 5%”, diz Smith.
 
O executivo ressalta que neste verão os índices de ocupação serão melhores que os de 2010. “No ano passado, tivemos o problema do vazamento de petróleo no Golfo do México, situação que inibiu as viagens de lazer para a região Sul. Estamos conduzindo o aumento das tarifas da melhor maneira que podemos, e o crescimento das vendas está sendo o melhor já registrado na história”, comenta o executivo da STR.
 
OTA’s
As OTA´s (On-line Travel Agencies) foram as responsáveis pela geração da demanda atual. A crise de 2009 fez com que os hoteleiros utilizassem os canais de distribuição para alavancar as vendas. “Não podemos tratar as OTA’s como vilões, e sim aprender a trabalhar com elas para nosso benefício. O interesse de uma parceria duradoura será benéfica para todos”, avalia Tim Hart.
 

Participantes do primeiro painel do Congresso da HSMAI
(foto: Peter Kutuchian)
 
Dados
Historicamente, o volume das informações tem aumentado muito nos últimos anos. Dados são captados e centenas de relatórios gerados diariamente, mas o que fazer com tudo isso? Foi a pergunta que Elizabeth Cambra fez para o público. “Primeiro é preciso parar de gerar relatórios que não são utilizados. As pessoas olham para os números e não sabem o que fazer com eles. É preciso saber identificar e aproveitar com os acontecimentos do passado. Eles servem para olharmos o futuro e sabermos como cair em caso de outra intempérie econômica. Como podemos nos antecipar às situações críticas, tsunami e vírus H1N1? Foram questões fortes e soubemos lidar com essas dificuldades”, respondeu Elizabeth.
 
Outro ponto abordado pela executiva foi a falta de ousadia. “Precisamos saber diversificar cada vez mais, saber ousar, não ter medo de errar, pois os equívocos geram conhecimento. Estamos cada vez mais estabilizados e precisamos estar aptos em aproveitar a situação e melhorar as condições”, incentiva. Ser diferente, ousados e não ficar com medo em falhar, sem isso, as pessoas estarão cada vez mais estagnadas e despreparadas para o futuro, foram suas palavras.
 
Resumindo o primeiro painel do Congresso da HSMAI: saber trabalhar com todos os dados do mercado, as novas formas e ferramentas como as midias sociais, diversificar e convencer as pessoas a seguirem a ideologia do RM, crescer a tarifa média para poder reinvestir no próprio negócio, no intuito de oferecer um produto sempre renovado e com serviço diferenciado, reduzir riscos e saber liderar.
(Peter Kutuchian)
 
 
* A reportagem do Hôtelier News viaja a convite da Pmweb.