O estoque de crédito no Brasil subiu 0,3% em outubro sobre setembro, somando R$ 3,373 trilhões. No mês passado, houve nova alta nos financiamentos a famílias e baixa no saldo de empréstimos fechados por empresas, informou ontem (27) o BC (Banco Central). Embora não haja indicação de que esses recursos sejam direcionados para viagens, é mais um indicador de elevação de consumo.

No acumulado até outubro, o estoque geral de crédito no país cresceu 3,5%. Em 12 meses, houve alta de 6,3%, já superior ao percentual de 5,7% projetado pelo BC para o consolidado de 2019. “Temos visto que esse desempenho tem acontecido com uma redução de taxas e, em tese, taxas mais baixas estimulam a tomada de crédito, investimentos e ampliação de negócios e despesas de consumo”, avalia Fernando Rocha, chefe do departamento de Estatísticas do BC.

Rocha destaca ainda que a retomada da economia, ainda que gradual, e nova política de juros são fatores contribuem para o estímulo ao crédito. Outros dados reforçam a impressão. Segundo o BC, houve elevação de 1,1% em outubro sobre o mês anterior no estoque de crédito às pessoas físicas. No acumulado de 2019, o mesmo indicador avança 8,9% frente igual período do ano anterior.

Crédito - barateamento_internaEm outubro, estoque de crédito no Brasil somou R$ 3,373 trilhões

Barateamento do crédito

Em outro indicador otimista, os juros médios caíram 1 ponto percentual no custo dos financiamentos frente a setembro, a 35,9% ao ano. No crédito livre às pessoas físicas, a taxa do consignado de 20,9% ao ano representa a mais baixa da série histórica do BC, iniciada em 2004.

A diminuição dos juros tem ocorrido em meio ao ciclo de queda na taxa básica de juros, com ajuda na queda na inflação. O BC já sinalizou que a Selic, hoje em 5% ao ano, deve cair a 4,5% na sua última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) de 2019, em dezembro. 

(*) Crédito da capa: lkzmiranda/Pixabay

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