(foto: pixabay/coryr930)

Atenta às demandas globais por redução no consumo de energia e por uso de fontes renováveis de geração energética, a Rede de Hotéis Deville concluiu, no início do mês, a implantação de um sistema de consumo de energia exclusivo a partir de fontes consideradas limpas.

Desde o dia 1º deste mês, toda a energia consumida pelos hotéis do grupo é gerada a partir de matrizes energéticas não poluentes, como parques eólicos, Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e usinas térmicas a biomassa, que consiste em energia gerada por meio da decomposição de materiais orgânicos. O abastecimento com origem em usinas limpas está garantido pelo fornecedor de energia da Rede Deville, com quem foi firmado um acordo de quatro anos e meio. 

Para que isso fosse possível, a rede migrou do “mercado cativo”, no qual a energia é fornecida por empresas estatais, para o “mercado livre”, que permite a contratação do fornecimento a partir de diversas empresas, das mais variadas matrizes. O grupo hoteleiro optou pela chamada energia incentivada, que consiste na geração via fontes renováveis. "Foi uma decisão de consciência ambiental. A empresa, inclusive, já tem diversas outras políticas de sustentabilidade implantadas", explica o gerente de Manutenção e Patrimônio da Rede Deville, Alan Nogueira dos Santos.

Entre as ações prévias para reduzir o impacto ambiental, estão substituições recentes nos aparelhos de ar condicionado, com a aquisição de modelos mais econômicos, a troca de lâmpadas frias por equipamentos de LED, assim como a instalação de sensores de presença e a destinação adequada dos resíduos.

A adoção do novo modelo energético, via “mercado livre”, permitiu também o desligamento dos geradores próprios, que eram usados como alternativa de economia no horário de ponta, quando o custo da energia no mercado cativo chega a ficar 10 vezes mais alto que o normal. Essa medida também traz ganhos ambientais, já que os geradores eram movidos a base de diesel, que é um combustível fóssil e altamente poluente.

Custos e economia
O processo de substituição das fontes de energia do grupo, bem como a migração para o novo modelo, durou cerca de nove meses, entre novembro de 2015 e julho deste ano. Cada unidade precisou fazer adaptações, que incluíram adequações no Sistema de Medição de Faturamento (SMF). Entre elaboração e execução de projeto, despesas com mão de obra e aquisição de materiais, a Rede Deville investiu em torno de R$ 35 mil em cada unidade, totalizando aproximadamente R$ 300 mil.

Por outro lado, a nova realidade permitirá uma redução de custo anual estimada em R$ 1,8 milhão, já que a energia advinda do “mercado livre” é significativamente mais barata. “Comprar energia no mercado cativo custaria quase o dobro do que pagamos agora por cada Megawatt-hora (MWh)”, explica Santos.

O impacto econômico da mudança é grande, já que o consumo de energia elétrica é o segundo maior custo da Rede Deville, atrás apenas das despesas com folha de pagamento. Atualmente, o peso da energia sobre a receita total da rede gira em torno de 5%.

O sistema de consumo de energia exclusivo a partir de fontes renováveis está implantado e em funcionamento nas unidades de Campo Grande, Cascavel, Cuiabá, Maringá, Porto Alegre, Salvador e São Paulo. Em Curitiba, o modelo está em fase final de implantação e deve entrar em funcionamento a partir de agosto, após a finalização do processo de migração. A unidade de  Guaíra (PR) é franqueada e, assim, não integra o rol de hotéis contemplados com a mudança.

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