O Radisson Faria Lima faz parte da paisagem paulistana
(fotos: Juliana Bellegard)
 
A avenida Brigadeiro Faria Lima é um dos maiores centros financeiros e empresariais de São Paulo. Bancos, sedes de empresas nacionais e estrangeiras, shoppings, clubes e museu dividem o espaço das calçadas. Um restaurante instalado nestas redondezas normalmente beneficia-se do intenso movimento de dia e da badalação noturna da região, por conta da proximidade com bares e casas noturnas famosas. Mas esta é apenas uma parcela dos clientes do Origens. Dentro do Radisson Faria Lima, hotel situado no encontro da via com a avenida Cidade Jardim, o estabelecimento divide suas atividades entre o público externo, os hóspedes e os presentes nos vários eventos que acontecem diariamente no empreendimento.
 
Em um mercado altamente competitivo, como a cidade de São Paulo e, mais especificamente, o segmento corporativo, a organização, a inovação e o trabalho com parcerias faz-se necessário para a sobrevivência do hotel. O Origens faz parte desse contexto. Por conta do variado público, o restaurante precisa manter seu dinamismo, atendendo às necessidades de cada nicho de cliente. Mariana Dettino, gerente de Serviços do empreendimento, explica que algumas mudanças promovidas neste segundo semestre deram um “novo ânimo” para o local, atraindo novos visitantes e fazendo com que os hóspedes alterassem seus hábitos.
 
A primeira dessas novidades foi a mudança do cardápio, que era o mesmo há aproximadamente três anos. O chef Rodrigo Augusto conta que o feedback dos clientes foi bastante positivo. A gerente aponta que esse é um sinal de que o público está deixando de lado a ideia de que os restaurantes de hotéis são medianos, e usufruindo da gastronomia cada vez mais elaborada. Dando continuidade à série de reportagens que já passou pelo Terraço Jardins, pelo Skye e pelo Grupo Salinas, a equipe do Hôtelier News acompanhou um dia de serviço no Radisson.
 

Por Juliana Bellegard

O amplo salão do Origens

 
No meio do espaço, o bufê; ao fundo, o balcão que

serve café da manhã e, no almoço e jantar, sobremesas
 
O tipo de cliente varia de acordo com o horário, conforme elucida Mariana. Normalmente, terça e quarta-feira são os mais concorridos durante o dia, quando o público majoritário são os executivos que trabalham na região. Isso porque, em um hotel corporativo, este é o horário no qual os hóspedes estão em seus almoços de negócios. Aqui, outros tantos vêm fazer reuniões.
 
A gerente explica que uma das ações realizadas pelo empreendimento para alavancar os negócios do restaurante é a realização de parcerias com as empresas do bairro. “Oferecemos um desconto para quem vem almoçar aqui. O objetivo foi incentivar a rotatividade e apresentar tanto o Origens quanto o Radisson”, conta.
 
O resultado desta iniciativa já vem sendo sentido: de acordo com Mariana, desde agosto, quando o trabalho de parcerias teve início, o número de clientes que passam diariamente pelo restaurante já dobrou. Em paralelo a este movimento, o setor de A&B ainda coordena toda a parte de eventos. “As reuniões e conferências normalmente incluem coffee break e almoço. Por isso, é preciso ficar atento aos horários, para que possamos atender todo este público interno e continuemos o serviço para os passantes”, conta a gerente, ressaltando que, para manter a qualidade e o padrão da alimentação, a própria cozinha do hotel também é responsável por preparar o coffee break.
 
 
Espaço com iluminação natural e um terraço externo
 
À noite, a situação se inverte: a grande maioria dos frequentadores, neste período, são os hóspedes. O bufê do restaurante serve sopas, saladas e sobremesas, mas os pratos à la carte são preferidos por cerca de 80% dos clientes, muitas vezes solicitados pelo room service. “Muitos são executivos, trabalharam o dia inteiro e, em vez de descerem sozinhos para jantar, preferem relaxar e pedir sua refeição no quarto mesmo”, explica. Mariana e o chef apontam ter percebido uma mudança no perfil dos pedidos. “Antes, faziam pedidos mais tradicionais, muita massa. Agora, com o cardápio novo, escolhem as nossas sugestões do chef”, conta a gerente. Para ela, o grande intuito da troca de cardápio foi a atualização das receitas e a busca pela novidade, o que gerou este novo comportamento dos hóspedes.
 
Há ainda mais trabalho para ser feito em relação ao Origens, buscando sempre a consolidação do restaurante entre o público da cidade de São Paulo. Mariana destaca que, durante os finais de semana, o movimento é mais fraco e, aos poucos, a equipe está traçando estratégias para buscar uma visibilidade maior entre os passantes. Além disso, completa a área de A&B do hotel um bar, que também tem um potencial de crescer. “É um espaço que ainda não tem um cardápio específico. Mas isso é algo que está nos nossos planos para o futuro, estamos desenvolvendo ideias”, diz.  
 
Os anfitriões: Mariana Dettino, gerente de

Serviços, e o chef Rodrigo Augusto
 
Gastronomia de qualidade
Aqui no Origens, a proposta é unir elementos da gastronomia internacional com toques da cozinha local. “Buscamos trabalhar em cima do que há de melhor na região, produtos frescos, que tem mais giro”, conta a gerente. O resultado é um cardápio bastante diversificado – que aparece tanto no menu à la carte quanto no bufê. Este último é segunda opção de refeição para o almoço, principalmente em dias de eventos, e é o que os clientes buscam com mais frequência. Com pratos elaborados e uma comida mais simples, com cara de caseira, o restaurante possui opções tão variadas quanto a gama de visitantes que atende. Os ingredientes tipicamente brasileiros e o toque sofisticado do chef agradam os diversos paladares, desde os turistas mais ousados até os mais tradicionais.
 
 
 
Bufê inclui saladas diversas e pães para acompanhar
 
Legumes grelhados, batata e dois tipos de sopa
 
 

Entre as opções, Espaguete ao molho

de tomates e azeitona ou Filé mignon
 
 

Sobremesas tradicionais como musse

de maracujá e torta de limão 
 
Salada de frutas
 
A mudança de cardápio ocorreu em setembro deste ano: 27 novas criações do chef foram adicionadas ao menu à la carte para o almoço, jantar e room service. A visita da reportagem foi numa segunda-feira, dia de Queijo coalho dourado com salada verde e tomate cereja, Nhoque de batata ao molho gorgonzola, nozes e pera e Zabaglione de caipirinha. Entre os pratos ainda destacam-se Carpaccio de legumes, Salada de rúcula com beterraba, laranja e castanha de caju, pratos principais como Filé mignon com marmelada de tomate e batata rústica e Truta à moda brasileira, crostada de amêndoas com purê de feijão preto ao molho de maracujá e chips de mandioquinha.
 
A cada dia da semana, o restaurante oferece uma opção de salada, dois pratos principais e uma sobremesa – à exceção das terças e quartas-feiras. Estes são, segundo Mariana, os dias de maior movimento no Origens e, por isso, contam com três pratos principais diferentes.
 
Diante de tantas opções, será que os clientes já elegeram algumas receitas favoritas? A gerente chama a atenção para a Picanha Brasileirinha, sucesso entre os habitués e ainda mais entre os estrangeiros, que aproveitam a fartura de carne da gastronomia brasileira. O chef Rodrigo Augusto aponta ainda dois outros pratos muito bem cotados de seu novo menu: a Moqueca de pintado e o Frango Brasthai, receita que mescla ingredientes da culinária tailandesa com itens brasileiros.
 
Queijo coalho dourado com salada verde e tomate cereja

 
Nhoque de batata ao molho gorgonzola, nozes e pera

 
Moqueca de pintado com farofa de coco e arroz branco

 
Zabaglione de caipirinha
 

O conceito Origens

Marca presente em outros empreendimentos da bandeira Radisson, administrados pela Atlantica Hotels, o Origens tem como premissa principal oferecer aos hóspedes e clientes dos hotéis uma experiência gastronômica marcante. Com o mote “Origens: em prato, uma história”, os estabelecimentos têm um cardápio de receitas elaboradas com ingredientes típicos brasileiros. São cinco unidades no País: em Vitória, Curitiba, Aracaju, Maceió e esta, em São Paulo. Em cada um deles, a comida reflete um pouco da cultura e dos costumes locais, para que o hóspede, mesmo de passagem rápida pelo destino, consiga desfrutar de seus sabores.