Travel Inn - retomadaRede vai abrir mais duas unidades em setembro

Em agosto, a Travel Inn reabriu sete de suas nove unidades. Com atividades paralisadas desde a segunda quinzena de março, apenas três empreendimentos permaneceram abertos durante a pandemia, o Travel Inn Ibirapuera, Travel Inn Conde Luciano e Travel Inn Park Avenue. Mesmo com resultados ainda tímidos, a rede já prevê boas ocupações para o segundo semestre.

Segundo Felipe Gama, diretor do grupo, os critérios de paralisação foram de acordo com os decretos de cada destino. “Fechamos Jundiaí, Riviera, Brás, Indaiatuba e Trancoso. No caso de Riviera e Trancoso, fomos obrigados a fechar durante um período, outros nós optamos por parar as operações. Reabrimos obedecendo protocolos rigorosos e regras da OMS (Organização Mundial de Saúde), Anvisa e prefeituras. Desenvolvemos nosso próprio manual contra Covid-19”.

Em casos como o empreendimento baiano, que conta com 10 mil metros quadrados, a rede preferiu esperar um pouco mais e deve reabrir em 1º de setembro. Já o filho caçula da rede, o Travel Inn Axten Caxias do Sul chega para expandir a presença do grupo marcando a estreia no Sul do país. “Em Trancoso estamos mais cautelosos. Vamos manter fechado até setembro para implementar o manual e conseguir o selo de Porto Seguro”, explica.

Para fugir dos prejuízos ainda não calculados, a Travel Inn adotou as medidas da MP 936 e manter os empregos dos funcionários. “Ainda não sabemos ao certo quais foram as perdas. Nossa primeira preocupação era cuidar de renegociações de contratos e preservar os empregos. A MP foi implementada com suspensão e redução de jornada, algo que nos beneficiou muito. Acredito que tenha sido uma das melhores medidas para o setor”, destaca Gama.

Durante as paralisações, a rede buscou ficar o mais próxima do cliente possível, em especial dos habitués. “Mantivemos esse link com hóspedes ativos e boa parte deles respondeu de forma positiva. Praças que não esperávamos estão apresentando retomada rápida já no primeiro mês. Tivemos feedbacks ótimos no período fechado e isso vem se traduzindo em números”.

travel inn - internaUnidades em São Paulo operam com 100% da capacidade

Travel Inn: retomada das unidades

Em unidades como Conde Luciano e Park Avenue, a rede já vinha trabalhando com mensalistas antes da pandemia. Com flats à moda antiga, ambos os empreendimentos foram essenciais para a retomada. “Por contarem com apartamentos grandes e boas localizações, acabaram nos dando um colchão para a retomada com bons índices”, analisa o diretor.

Outro destaque vai para o hotel do Brás, que segundo Gama, está com taxa de ocupação acima do esperado. “Essas três unidades estão com patamares por volta de 23%. Já os outros estão acima de 40%, mas são hotéis pequenos, por isso a taxa de ocupação tão boa. Vale ressaltar que em São Paulo estamos operando com 100% da capacidade”.

O diretor ainda salienta que o DNA do grupo é puramente comercial, perfil que foi mantido nos últimos anos e foi fundamental para o retorno das operações. “Isso foi o nosso diferencial. Tivemos que nos reposicionar no mercado, sacrificamos as diárias médias e mexemos nas tarifas e no modo de nos comunicarmos com os clientes para chegar aos bons índices”.

Gama conta que a Travel Inn manteve sua margem de preço e custo de venda, de forma que a margem de ganho não fosse abalada. “No fim, sabemos que quem manda no preço é o cliente. Não gostamos de entrar em guerra tarifária, essa é a nossa última arma, pois sabemos que é fácil abaixar e difícil de subir. Entendendo preços de custo mês a mês, conseguimos nos readequar”. 

A rede ainda realizou uma análise de concorrência, histórico de eventos e custos para montar estratégias diferentes do que vinha sendo feito antes da pandemia. “Fizemos muitas reuniões com o RM, comercial e marketing. Todos participaram das readequações de tarifários e isso agregou bastante. É importante escutar quem está na outra ponta”.

Alta temporada

Para dezembro e janeiro, os dois produtos de lazer já estão com demandas significativas. Em Trancoso, a ocupação chega a 40% no Ano Novo com tarifário refeito. “Para a temporada de verão, existe uma mudança no comportamento do consumidor. Os turistas estão preferindo viajar de carro, então criamos campanhas de incentivo para hóspedes que chegarem com seus veículos dando uma diária a mais e flexibilizando datas de pacotes”.

Em Riviera, o período também é de grande procura, entretanto, por estar próximo a São Paulo, a resposta é mais rápida. “Abrimos no início do mês e já estamos com lotação máxima permitida de 30%. Lá o approach é diferente”.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Travel Inn