Turistas chineses em viagem à Europa estão à procura de outros destinos que não a Suíça. O medo do terrorismo é a principal preocupação por parte dos viajantes, razão pela qual seu foco tem sido redirecionado para regiões da Europa Oriental e do Norte.

Tão rápido quanto o aumento das dormidas nos anos anteriores, também foi a mudança de comportamento dos viajantes do país asiático. Mesmo empresas de progresso como a Jungfraubahnen sentiram logo o quanto a situação do destino mudou. Hoje, a empresa trabalha com "preços quebrados", segundo Urs Kessler, head da companhia. "Tornou-se mais difícil para operadores turísticos negociarem condições".

Nos últimos anos, a indústria do turismo suíço começou a trabalhar o mercado chinês, fazendo com que os viajantes provenientes do país, preenchessem a lacuna deixada pelos alemães, que, após as crises financeiras de 2008 e do aumento do valor do franco, passaram a evitar cada vez mais a Suíça.

No entanto, o número de dormidas de turistas chineses na Suíça vem diminuindo desde dezembro de 2015. Na temporada de verão de 2016, a taxa caiu 22% em relação ao ano anterior. De modo geral, o país asiático não é mais o terceiro, mas sim a quarta fonte mais importante para o mercado de turismo no país.

Entre as respostas mais frequentes para este fenômeno estão os procedimentos complicados para a obtenção de visto, o ambiente econômico considerado fraco e o medo de ataques terroristas após os episódios ocorridos na Bélgica e na França, que ganharam repercussão mundial. O declínio no número de turistas chineses mostra que o crescimento da economia também pode ser acompanhado por quedas bruscas. Esta é uma realidade não apenas para o mercado chinês como também para outras economias emergentes que nutriam grandes esperanças para os mercados, como ocorre com Rússia e Brasil.

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tourism-review.com

* Crédito da foto de capa: Pixabay/Unsplash