Visitamos o Unique (SP), o único hotel design do Brasil

O nome realmente foi bem escolhido. Unique. Não dá pra imaginar o que ele é por dentro, quando olhamos a obra máxima da arquitetura hoteleira desta megalópole, pelo lado de fora. Não se vê nada da parte interna, apenas os seguranças, na porta de entrada, vestidos de preto, combinando com a predominância da cor de toda a fachada. Uma imensa nave. Srs. passageiros, bem vindos ao Hotel Unique.
A imensa porta, com mais de sete metros de altura, é aberta pelo segurança. A impressão de sobriedade desaparece e no seu lugar a amplitude de um imenso lobby, com muita luz natural vem à tona. Estou num hotel design. Aliás o único do Brasil. A ambientação é perfeita. Metade do lobby tem paredes e tetos de vidro. O sol lá fora está aqui dentro. Sinto o conforto do ar condicionado. Uma pequena mesa, com dois notebooks, me faz crer que é a recepção. No canto da mesa, uma peça de cristal me chama a atenção. Me aproximo. É um baleiro. A tampa parece estar se equilibrando na borda. Olho pro seu interior e acho graça. Dadinhos de amendoim e chupi-chupis de doce de leite. Por essa não esperava, mas tudo bem, até que as balinhas tem um design interessante. Escolho um dadinho.
Enquanto espero a Claudia, resolvo dar uma passeada pelo lobby. Confortáveis sofás de tonalidades claras e de muito bom gosto compõe vários ambientes. Do lado oposto da mesa da recepção, uma estante com muitos livros e objetos de arte, algumas cadeiras, e um enorme puffi, muito convidativo, ocupa alguns metros quadrados da biblioteca. Ao lado, dois computadores de última geração, oferecem aos hóspedes, acesso à internet.
Vejo um bar. Ao caminhar para o balcão, me deparo com uma parede muito alta repleta de garrafas, de um lado, destilados, e deste lado, mais destilados. Peço a garrafa na última prateleira. O simpático barman sorri e entende a brincadeira. O nome do bar? The Wall. Outro dia volto ao The Wall, agora estou a trabalho.
Na subida à suíte, a mínima iluminação do elevador é um preparativo à chegada no hall do andar que vamos visitar. Os corredores sinuosos e escuros criam uma expectativa diferente. Uma janela redonda aparece. Lá fora, o Parque do Ibirapuera e o bairro do Jardim Paulista, com todo o seu verde, causam uma sensação de tranquilidade.
Entramos na suíte. Um living com um piso infinito e uma TV de plasma de 42″. Uma mesa de trabalho branca, minibar, DVD, VCR.
Encosto os dedos no fio que pende do teto e sustenta a luminária. Ela se acende.
Entramos no quarto, cama king, TV, DVD. Estou num hotel design. A janela redonda deixa a luz e o verde entrar e fazer parte da decoração. Uma outra janela desliza para cima e revela o bathroom, me desculpe, mas não vou escrever banheiro, seria uma ofensa. Surge uma banheira de hidro-massagem. Excelente. Posso assistir a TV no quarto deitado na banheira. The bathroom é completo. A bacia e a ducha estão invisíveis, atrás de uma porta de vidro deslizante. A suíte é fantástica. Acho que vou reformar meu quarto.
À última etapa da visita! Vamos para o Restaurante Skye. No mesmo piso fica a piscina. Chegamos. Não vou falar nada. Você tem que conhecer. As palavras acabaram. Quer saber? Nem foto do Skye tirei, apenas da Sofia, a linda hostess. Espero ter uma hostess assim quando eu for para o sky. (Peter Kutuchian)

A porta de entrada. Fibra de carbono e 7,5 metros de altura (esquerda) e o espaço de arte
(Fotos Peter Kutuchian)