Segurança digital passou a ser sinônimo de diferencial competitivo no mercado. Pelo menos, é o que aponta uma pesquisa realizada pela PSafe, entre abril e maio deste ano. De acordo com a empresa, duas em cada três pessoas (73,2%) não voltariam a fazer negócios com companhias que tenham tinho seus dados vazados.
O estudo também aponta que 22,81% afirma que só seriam clientes novamente caso não tivessem outra opção e apenas 3,99% responderam que fariam negócios com as marcas sem ressalvas. O levantamento ainda revela que 85% dos entrevistados não confiam em empresas com histórico de incidentes de segurança.
A PSafe ouviu 5,5 mil pessoas usuárias do aplicativo dfndr security, com projeções que tem como base o número de usuários do sistema Android no país — o que representa 131,1 milhões de pessoas, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Para a empresa responsável pelo estudo, o resultado acende um alerta para as companhias, uma vez que a sobrevivência dos negócios depende dos clientes. O estudo também revela que 74% das pessoas se sentem mais seguras em realizar cadastros com marcas que garantam a proteção de dados. Desta forma, é válido que uma série de medidas de segurança sejam adotadas e que as ações de segurança sejam transparentes.
Apesar do receio, apenas 12% dos respondentes têm ciência de que seus dados foram vazados. Do montante, 39% afirmam ter descoberto o incidente por tentativas de golpes, outros 20,86% receberam uma notificação da própria empresa e 19% foram avisados ao tentar realizar um login.
Vazamentos no e-commerce
Um dos principais canais de vendas para o setor hoteleiro, o e-commerce é motivo de receio por boa parte dos consumidores. Uma pesquisa realizada pela PSafe em novembro de 2021 indica que três em cada cinco brasileiros têm medo de que seus dados sejam expostos ao comprarem pela internet. O estudo ouviu 8,6 mil usuários do app, sendo que 59% dos respondentes afirmam enxergar o vazamento de informações como a maior preocupação ao fazer compras online.
Em seguida, outras opções são apontadas como: ter o cartão clonado (48%) e não receber o produto (48%). Desse modo, somente 4,5% dos entrevistados afirmaram que não sentem medo algum ao realizarem qualquer tipo de compra pela internet.
Quanto aos meios de pagamento, 65% dos respondentes têm receio de fazer compras online via Pix. Outras 55% afirmam que não tinham o CPF cadastrado na ferramenta à época do levantamento. Devido ao medo do consumidor, o boleto bancário é a forma de pagamento preferida entre os compradores.
E tanto medo tem motivo. De acordo com um estudo realizado pela AllowMe, em 2021 foram criadas mais de 500 mil contas falsas utilizando emails vazados — mesmo ano em que as tentativas de golpe aumentaram 74% no Brasil, segundo a ClearSale.
(*) Crédito da capa: Unsplash