quinta-feira, 14/novembro
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123 Milhas: recuperação judicial é suspensa novamente

A Justiça de Minas Gerais novamente suspendeu o andamento do processo de recuperação judicial da 123 Milhas. A ação resultará em mais atrasos na elaboração do plano de pagamento das dívidas, e a decisão foi proferida ontem (25) pela juíza Claudia Helena Batista, da 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte. O processo ficará em suspenso até que o TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) decida sobre os administradores judiciais do caso, aponta a Folha.

Essa interrupção é a segunda nos últimos meses, sendo que o processo já havia ficado parado por três meses, de setembro a dezembro de 2023. A origem dessa nova suspensão remonta ao final de dezembro, quando o desembargador Alexandre Victor de Carvalho atendeu a um pedido do Banco do Brasil, principal credor da empresa de turismo.

O Banco do Brasil argumentou falta de estrutura, experiência e expertise nos escritórios nomeados pela juíza Claudia Helena para atuarem como administradores judiciais no caso. Dois desses escritórios foram substituídos, enquanto um permaneceu.


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Os escritórios substituídos e o Ministério Público de Minas Gerais recorreram da decisão, alegando que a nomeação dos administradores judiciais é de competência da magistrada de primeira instância e não poderia ser realizada de forma monocrática por um desembargador.

Os recursos serão agora julgados por uma turma do TJ-MG, mas ainda não há previsão para esse julgamento.

Relembre a crise

A suspensão do processo vem no encalço de outro capítulo da saga da 123 Milhas. Depois de liberar o montante total de R$ 46 milhões, para manter compromissos financeiros com vencimento em maio, a justiça reforçou a exigência de prestação de contas.

E tudo começou no dia 18 de agosto de 2023, quando a companhia anunciou a suspensão dos pacotes da linha Promo, que oferecia valores abaixo dos praticados no mercado sem data definida, modelo disseminado pelo Hurb.

A recuperação judicial, agora suspensa, aponta dívidas na ordem dos R$ 2,3 bilhões, dos quais R$ 2,2 bilhões são com os credores quirografários, categoria onde se inserem os consumidores, além de fornecedores como hotéis, pousadas e companhias aéreas.

(*) Crédito da foto: Freepik