Ainda que os feriados, eventos e dias festivos tenham puxado a demanda para cima, a hotelaria soteropolitana ligou uma luz amarela frente aos resultados do primeiro semestre. De acordo com a ABIH-BA (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis), os números estão aquém do esperado e abaixo do registrado no mesmo período em 2019.
A hotelaria de Salvador fechou o primeiro semestre de 2023 com ocupação de 57,57%, ligeiramente acima da verificada no mesmo período do ano anterior (55,93%), embora ainda abaixo dos níveis observados no período pré-pandemia (61,55% no primeiro semestre de 2019).
No mês de junho a ocupação foi de 47,11%, semelhante a do ano anterior (47,14% em junho de 2022), embora muito abaixo da observada no mesmo período em 2019 (53,23%). Já a diária média do sexto mês do ano ficou em R$ 466,05, com RevPar de R$ 219,04. Desconsiderando os hotéis de luxo da amostra, a diária média chegaria a R$ 344,36 para esse mesmo período.
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Os indicadores da hotelaria soteropolitana já vinham caindo nos últimos meses, com destaque negativo para abril e maio. Em junho, a retomada dos congressos e eventos ajudou a manter a ocupação em um período tradicionalmente de baixa demanda.
Potencialização de demanda
Luciano Lopes, presidente da ABIH-BA, salienta que o desempenho do primeiro trimestre é considerado abaixo do esperado frente ao mesmo período em 2019. Para o executivo, os resultados são sinais claros para a necessidade de potencializar a divulgação do destino Salvador.
A entidade segue desenvolvendo uma série de ações, como o Road Show Salvador, em parceria com a Secult (Secretaria de Cultura e Turismo de Salvador), que capacita agentes de viagens e operadoras nas principais cidades do país e da América do Sul que emitem turistas para a capital baiana.
“O início das férias escolares nos principais estados emissores de turistas e a retomada dos voos internacionais trazem otimismo para a hotelaria, que espera fechar o mês de julho com ocupação próxima a 60%”, pontua Lopes.
(*) Crédito da capa: digasalinas/Pixabay
