sábado, 21/setembro
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Endividamento das famílias registrou queda entre abril e maio

O endividamento das famílias brasileiras junto ao sistema financeiro recuou 0,2 ponto percentual entre abril e maio, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central. O índice caiu de 47,7% para 47,5%, afastando-se do recorde histórico de 49,9% registrado em julho de 2022. Quando se excluem as dívidas imobiliárias, a redução foi de 0,1 ponto percentual, passando de 29,9% para 29,8%. Esse cenário antecede à estabilidade de endividamento em junho deste ano, marcando 78,8% pela Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor).

Segundo divulgado pela CNN Brasil, o programa Desenrola Brasil, encerrado em maio, teve um papel significativo na redução do endividamento. Segundo o Ministério da Fazenda, a iniciativa beneficiou 15,06 milhões de pessoas, com a renegociação de R$ 53,07 bilhões em dívidas, equivalentes a 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto). O programa teve um impacto especial entre a população mais vulnerável, público prioritário da ação, onde a inadimplência caiu 8,7%. Neste grupo, 5 milhões de pessoas tiveram R$ 25,43 bilhões em débitos renegociados.

O comprometimento da renda das famílias com o serviço das suas dívidas também apresentou uma queda entre abril e maio, passando de 26,1% para 25,7%. Esse índice se aproxima do recorde histórico de 28%, observado em março e abril do ano passado. Descontando os empréstimos imobiliários, a redução foi de 0,4 ponto percentual, de 24% em abril para 23,6% em maio.


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O Banco Central destaca a importância dessas reduções para a saúde financeira das famílias brasileiras. “A diminuição no comprometimento da renda com dívidas é um indicativo positivo de recuperação econômica e estabilidade financeira para as famílias”, afirmou um representante da instituição financeira.

Os dados apresentados refletem um cenário de melhora nas condições econômicas das famílias, embora o nível de endividamento ainda seja um ponto de atenção. A continuidade de políticas voltadas para a renegociação de dívidas e a educação financeira são essenciais para manter a trajetória de queda no endividamento e no comprometimento da renda.

Perspectivas futuras

As expectativas para os próximos meses são de que o endividamento continue a diminuir gradualmente, à medida que os programas de renegociação de dívidas e medidas de apoio financeiro se mantêm em vigor. No entanto, especialistas alertam para a necessidade de monitoramento constante da situação econômica e a implementação de políticas que incentivem a poupança e o consumo responsável.

O Banco Central e o Ministério da Fazenda devem continuar trabalhando em conjunto para desenvolver estratégias que promovam a estabilidade financeira das famílias brasileiras, com foco na redução do endividamento e na melhora do poder aquisitivo. A colaboração entre diferentes setores da economia será fundamental para alcançar um equilíbrio sustentável e promover o bem-estar econômico da população.

(*) Crédito da foto: Pixabay