terça-feira, 24/setembro
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R1 Talks discute desafios e oportunidades do setor de eventos

Com o objetivo de discutir os principais desafios e oportunidades do setor de eventos, foi realizado hoje (24), no Tivoli Mofarrej, na capital paulista, o R1 Talks, evento do Grupo R1 com clientes e parceiros para analisar o panorama do segmento.

Em entrevista ao Hotelier News, Raffaele Cecere, CEO do Grupo R1, falou sobre a iniciativa. “A ideia do R1 Talks é fazer uma série de encontros até novembro, data oficial de aniversário do R1. O objetivo é trazer conteúdo, aproximar os clientes e devolver um pouco do que aprendemos e desenvolvemos durante esses 20 anos de empresa, e nada melhor do que discutir em alto nível com palestrantes que estão ‘na crista da onda'”, pontuou.

R1 Talks - Cecere_e_Caetano
Cecere e Caetano reforçaram importância do evento

“Essa é a nossa ferramenta principal: conectar as pessoas por meio do que fazemos de melhor, que são justamente os eventos. Até novembro, serão realizados mais três encontros, cada um em um local diferente, e encerraremos no Sheraton WTC, com uma grande festa para comemorar nosso aniversário, em novembro”, complementou o CEO durante a abertura do R1 Talks.


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Complementando a fala de Cecere, Rodrigo Caetano, sócio do Grupo R1, reforçou que a ideia do encontro é mostrar uma perspectiva de quem “faz o segmento acontecer”. “Em relação a demanda, estamos nos superando a cada dia, e sempre trazendo novas ferramentas e recursos, principalmente de tecnologia, como a IA (Inteligência Artificial), que vem ganhando cada vez mais terreno no setor”, acrescentou.

Inovando nos eventos

Dando início à programação do R1 Talks, Vânia Ferrari, palestrante, escritora, pesquisadora e consultora, falou sobre a necessidade de inovação no setor de eventos. “É preciso seguir propósitos, não fluxos. E isso passa pela revisão de processos, por criar um ambiente estimulante para os colaboradores, entre outros pontos”, disse.

“O ser humano tem muito potencial e, por mais que falemos sobre Inteligência Artificial no setor de eventos, sempre será o toque humanizado que seguirá dando o tom do segmento, com a tecnologia funcionando como um recurso complementar”, completou Vânia.

Durante a palestra, ela mencionou que, para criar experiências diferenciadas, é preciso entender as necessidades do cliente. “Converse com o seu cliente, entenda o que ele busca e, a partir disso, reveja seus processos, se organize com mais calma e antecedência, revisitando metas e criando uma relação mais próxima com o cliente. Isso vai melhorar consideravelmente a sua entrega”, concluiu, reforçando que é necessário trabalhar primeiro a experiência dos colaboradores para que eles entreguem uma boa jornada, no fim da ponta.

Eventos: desafios e oportunidades

Prosseguindo com a programação do R1 Talks, foi apresentado o painel Desafios e oportunidades desse mundo louco de eventos, com participação de Roberta Nonis, CEO e fundadora da Evento Único Consultoria; Juliana Patti, head de Eventos e gerenciamento de Divulgação da Bayer; Rodrigo Cezar, líder organizacional de Remodelação do Ecossistema de Saúde e gerente de Eventos e Viagens da Roche; e Milena Freire, diretora de Vendas da Minor Hotels no Brasil.

O bate-papo foi mediado por Cecere, que questionou os participantes sobre os principais cuidados para uma boa gestão de eventos. “Resumindo em alguns pontos: objetivos bem definidos, parcerias, dados claros e a capacidade de inovar”, começou Cezar.

R1 Talks - Painel_desafios
Debate abordou desafios do segmento

“Quanto mais diverso for o time que está planejando o evento, isso com certeza vai refletir na entrega. Também é preciso dividir as tarefas de acordo com a afinidade de cada colaborador com determinada função. Quanto mais conseguirmos bater nessa tecla, melhores serão as ativações”, complementou Juliana.

Em sua primeira fala no painel do R1 Talks, Milena afirmou que uma das maiores dores da hotelaria, para o mercado de eventos, é não receber planejamentos bem estruturados e definidos. “Pode parecer reafirmar o óbvio, mas um briefing bem feito faz toda a diferença na entrega, e muitos hotéis não se atentam a isso”, analisou.

Roberta, por sua vez, reforçou a importância do espírito de equipe para garantir o bom planejamento. “Precisamos criar bons vínculos com todos os profissionais envolvidos na construção dos eventos. “Colocar a culpa no mercado é o mais fácil, mas é preciso reavaliar todo e qualquer processo, afinal trata-se de um setor feito por pessoas”, acrescentou.

Necessidade de inovação

No bate-papo, Cezar ressaltou que investir em inovação no setor de eventos é uma “missão complexa”, mas necessária, porque é algo que o mercado pede, principalmente após a pandemia. “É preciso ter escuta ostensiva e entendimento das relações humanas, além de estabelecer boas relações”, pontuou o executivo.

Retomando a palavra, Roberta disse que os gestores de eventos precisam ter coragem para seguir tentando novas iniciativas. “É necessário ser insistente. O ‘não’ já tem, então por que não tentar? Isso pode gerar excelentes oportunidades.

Além disso, Milena endossou que os feedbacks dados pelos clientes direcionam estratégias futuras para os gestores de eventos. “É imprescindível essa participação nas pesquisas de satisfação, avaliando o máximo de critérios possíveis, para que eles sejam aprimorados ou melhorados e, assim, entregar uma experiência positiva”, reforçou a executiva da Minor Hotels.

Sobre isso, Cezar lembrou que, se as empresas definirem um conceito de “resultado positivo” para aquela realidade, entender e mensurar a performance dos eventos. “É preciso estruturar cada etapa, definir cada objetivo claramente, para assim garantir uma boa performance”, finalizou.

(*) Crédito das fotos: Peter Kutuchian/Hotelier News