quarta-feira, 25/setembro
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Três perguntas para: Nelson Goes

Natural de São Paulo, apaixonado por hotelaria e um leitor voraz, Nelson Goes lê, em média, um livro por mês. “Acredito que, assim como a academia fortalece os músculos, a leitura fortalece a mente”, diz o gerente geral do Hotel Titanic Penedo. O executivo deixa duas dicas de obras: The age of surveillance capitalism, de Shoshana Zuboff, e As 48 leis do poder, de Robert Greene e Josef Elffers.

Apreciador da boa música, Goes afirma que gosta de um “rockzinho das antigas”, como ele mesmo cita. Na carreira, o gerente revela se sentir realizado em ver os processos de trabalho sendo cumpridos.

“Minha vida no turismo e na hotelaria começou em 1978, em uma agência de turismo”, conta. Convidado para atuar na Best Western Hotels, Goes chegou a ocupar o posto de inspetor de Qualidade da rede no Brasil.


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Em seguida, trabalhou como gerente de Vendas em redes como Accor e Atlantic Hospitality International. “Conheci grandes nomes que me inspiraram a continuar com mais afinco”, pontua o profissional.

Ao assumir sua primeira gerência geral, Goes reconheceu que as experiências passadas foram fundamentais para o seu aprendizado. “Como dizia Gonzaguinha: ‘tenho a beleza de ser um eterno aprendiz’. Procuro sempre fazer em cada momento tudo o que é justo e perfeito para que sempre seja lembrado nos lugares onde passo”.

Três perguntas para: Nelson Goes

Hotelier News: Como gerente geral no Hotel Titanic Penedo, como você busca engajar seus colaboradores? De que forma você se mantém presente nas operações, quando se trata de um cargo com muitas demandas burocráticas?

Nelson Goes: O meu maior foco no trabalho como gerente é que toda a equipe esteja engajada em desenvolver o seu trabalho da melhor forma. Para isto, eu estou sempre presente em cada etapa do processo, mas não interfiro nos afazeres de cada chefe de setor, pois faço reuniões semanais e crio o processo de trabalho em conjunto com todos para definir as atividades, assim crio cabeças pensantes. Ter responsáveis por cada área assumindo responsabilidades é o que faz o hotel andar. Claro que implantar este processo não é fácil, pois as pessoas ainda não estão acostumadas com administração horizontal. Procuro fazer as partes burocráticas pela manhã ou intercalo com os afazeres operacionais diários.

HN: Hotéis independentes têm desafios distintos de propriedades de grandes redes, como distribuição e força de vendas. De que forma o Hotel Titanic Penedo desenvolve estratégias para driblar essas dificuldades de mercado?

NG: Quando as grandes redes entraram no Brasil com grande força em 2012, os hotéis independentes sofreram muito por não ter o know how de posicionamento. Hoje, este aspecto mudou muito, inclusive o trabalho de força de vendas. Muitas pessoas que trabalharam para redes voltaram para os empreendimentos independentes com grande bagagem, o que também foi meu caso. Faço relatórios diários com informações de mercado para posicionar o hotel, temos acesso aos datasearchs e metasearchs que nos mostram onde está o cliente e como busca-lo. Os omnichannels nos coloca em posição agradável perante a concorrência. E um ponto que nos privilegia é a tomada de decisão que é bem mais rápida com menos burocracia.

HN: Como você define o mercado de Penedo atualmente? Quais são os maiores emissores de hóspedes e como equilibrar o share sem depender de um único segmento?

NG: Tive muita felicidade em vir trabalhar no Hotel Titanic, pois além de ser um hotel novo que se equipara a grandes hotéis de São Paulo e Rio de Janeiro pela sua estrutura e tipo de apartamento, é um empreendimento diferenciado. Nosso mercado abre a possibilidade de trabalhar tanto com lazer quanto com o corporativo por causa das empresas que estão localizadas nos parques industriais. Em Penedo existem muitos atrativos naturais, tais como cachoeiras, parques, restaurantes lojas, passeios, etc, e isto faz com que o hóspede tenha atividades durante todo o dia e a noite. Trabalhamos hoje com operadoras, agencias, OTAs, empresas e o cliente particular que vem para curtir o final de semana.

(*) Crédito da foto: arquivo pessoal