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São Paulo se destaca na geração de empregos em eventos, diz pesquisa

São Paulo registrou saldo positivo de 42 mil empregos formais no setor de eventos e cultura entre janeiro e agosto deste ano, segundo o Radar Econômico, levantamento realizado pela Abrape (Associação Brasileira dos Promotores de Eventos), com base em dados do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego). O número coloca o estado como maior gerador de oportunidades, reforçando sua posição no cenário nacional, que tem observado bons resultados ao longo de 2024.

O levantamento abrange o hub do segmento, que envolve 52 atividades econômicas diretamente impactadas, como operadores turísticos, bares e restaurantes, segurança privada e hospedagem. No panorama geral do Brasil, 25 das 27 unidades da federação apresentaram saldo positivo de empregos no período analisado.

São Paulo é seguido pelo Rio de Janeiro (16,7 mil empregos gerados) e Minas Gerais (15,4 mil), e apenas Rio Grande do Sul (-1,2 mil) e Bahia (-2,9 mil) registraram resultados negativos. Quando se leva em consideração o core business do setor, 26 unidades tiveram números positivos. As principais geradoras de emprego no período foram São Paulo (7,9 mil), Rio de Janeiro (3,2 mil) e Minas Gerais (3 mil), repetindo o desempenho geral. Apenas o Pará representou saldo negativo (-57).


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Envolvendo as áreas de organização de eventos, exceto culturais e esportivos; atividades artísticas, criativas e de espetáculos; atividades ligadas ao patrimônio cultural e ambiental; recreação e lazer; e produção e promoção de eventos esportivos, o core business do segmento apresentou, até agosto, crescimento médio de 51,5% no índice de estoque de empregos formais (total de vagas disponíveis em um mercado de trabalho) em relação a 2019, período anterior à pandemia de Covid-19.

Com isso, o setor ocupa o primeiro lugar da lista, superando construção (39,8%) e agropecuária (22,7%). Merece destaque, ainda, o fato de que o hub do segmento de serviços que envolvem atividades impactadas pelo core business apresentaram, respectivamente, crescimento médio de 22,2% e 19,1%.

“Quando os profissionais trabalham sob contratos formais, não apenas garantem seus direitos e benefícios, como também contribuem para a saúde econômica do setor como um todo. Além disso, os índices revelam como temos capacidade de reagir rapidamente às políticas públicas implementadas e os investimentos que são feitos no segmento”, aponta Doreni Caramori Júnior, presidente da Abrape.

A estimativa de consumo no setor, entre janeiro e agosto, chegou a R$ 85,9 bilhões, resultado 7,6% superior ao mesmo período de 2023 (R$ 79,8 bilhões). Em agosto, o índice chegou a R$ 10,8 bilhões. Este foi o melhor resultado para o período desde que a série histórica deste indicador iniciou, em 2019.

O levantamento leva em consideração o peso atribuído mensalmente pelo item Recreação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) e a massa de rendimento real mensal dos trabalhadores aferidos pela Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

(*) Crédito da foto: Reprodução