quinta-feira, 14/novembro
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Mudança de regras no Santos Dumont impulsiona voos internacionais no Galeão

A mudança nas regras do Aeroporto Santos Dumont, que teve transformações na escala de voos domésticos, deve impulsionar um aumento de 26,7% nos rotas internacionais no Aeroporto Internacional do Galeão até o final de março de 2025. O levantamento é da Fecomércio RJ, com base em dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). A entidade projeta ainda 1,5 mil desembarques a mais em relação a igual período da temporada 2023-2024.

Antes dessa mudança, o Galeão vinha sofrendo um esvaziamento devido à preferência de passageiros e companhias aéreas pelo Santos Dumont, localizado no Centro do Rio, o que levou à subutilização do terminal internacional, localizado no bairro da Ilha do Governador.

A baixa movimentação de passageiros gerou debates intensos no setor turístico carioca, com a prefeitura do Rio e autoridades estaduais buscando soluções para reverter a situação e fortalecer o Galeão como principal porta de entrada de voos internacionais na cidade.


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Em 2023, o governo federal decidiu limitar o número de passageiros no Santos Dumont a 6,5 milhões por ano, como forma de redistribuir o fluxo aéreo e equilibrar a operação entre os dois aeroportos cariocas. Com essa medida, o Galeão voltou a ser uma opção para rotas internacionais e ampliou também as operações domésticas, tornando-se mais competitivo e atrativo para o turismo.

Mais números

Ainda segundo o levantamento da Fecomércio RJ, o crescimento esperado nos voos domésticos no Galeão até o final de 2024 é de 13,3%, comparado ao mesmo período de 2023. No período do Réveillon, entre 25 e 30 de dezembro, a previsão é de uma alta de 30,45% nos voos internacionais que chegam ao Rio.

Presidente da Fecomércio RJ, Antonio Florencio de Queiroz Junior acredita que a alteração é relevante para o turismo do estado e defende a medida. “Esse é o tipo de iniciativa que todos devemos incentivar: foi uma solução criativa, com custo zero. Não foi necessário uma grande obra ou gastos de dinheiro público”, declara.

“Foi uma solução prática baseada no diálogo e no consenso entre setor privado e autoridades, focada em trazer resultados concretos para a população. O Galeão voltou a ser um aeroporto competitivo e viável em muito pouco tempo. Há mais voos, mais oportunidades de conexão e isso cria condições para que mais gente visite o Rio”, finaliza.

(*) Crédito da foto: Eduardo Anizelli/Folhapress