quinta-feira, 14/novembro
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Booking x Expedia: OTAs vivem momentos distintos de força de trabalho

Desde 2021, a Booking Holdings recuperou sua força de trabalho aos níveis pré-pandêmicos com uma onda de contratações. Sua principal rival, o Expedia Group, por outro lado, tomou um caminho diferente, com demissões anunciadas no início de 2024. As OTAs vivem momentos distintos neste sentido, enquanto seguem na briga por reservas e avanços tecnológicos.

Segundo informado pelo Skift, a Booking aumentou seu quadro de funcionários em 19,2% entre 2021 e 2024. A receita da empresa ultrapassou os níveis de 2019 e, neste período, contratou quase 4 mil colaboradores.

Já o Expedia permaneceu cerca de um terço abaixo dos níveis de 2019 até o final de 2023. Este ano, a OTA ainda fez novos cortes de pessoal após a conclusão de uma migração tecnológica. A redução do quadro começou antes da pandemia, fruto de sua reestruturação interna, com demissões em massa em 2020 e 2021.


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Panorama das OTAs

A Booking Holdings demitiu 6,1 mil funcionários, ou 23% de sua equipe, em 2020, e congelou as contratações até o final de 2021. De acordo com o último balanço financeiro da empresa, o quadro de colaboradores cresceu para 24,2 mil profissionais no terceiro trimestre de 2024 frente ao quartro timestre de 2023.

Se a Booking não tivesse terceirizado cerca de 2,7 mil empregos de call center para a Majorel em 2022, sua força de trabalho atual teria ultrapassado o nível de 26,4 mil em 2019.

No final de 2023, a mistura geográfica da força de trabalho da Booking era Europa (47%), Ásia-Pacífico (36%), América do Norte (15%) e o resto do mundo (2%).

A receita da OTA mais do que se recuperou da pandemia. No terceiro trimestre de 2024 foi próxima de US$ 8 bilhões, 60% maior do que no mesmo período de 2019.

A força de trabalho do Expedia está muito abaixo dos níveis de 2019. Até o final de 2023, a OTA havia aumentado seu quadro de colaboradores em 15,5% em relação ao nível mais baixo da pandemia, para 17,1 mil funcionários.

No início de 2024, após uma migração tecnológica de vários anos ter sido concluída, o Expedia anunciou que estava demitindo cerca de 9% de sua força de trabalho . Com esses cortes, seu número de funcionários seria de aproximadamente 15,6 mil profissionais — apenas cerca de 5,4% maior do que suas mínimas da pandemia.

Um dos motivos para as demissões da Expedia em 2024 é que ela aumentou seu quadro de funcionários para trabalhar em uma migração tecnológica de vários anos envolvendo suas marcas Hotels.com e Vrbo, e demitiu alguns desses funcionários quando concluíram o trabalho.

OTAs: reestruturação do Expedia

A redução de pessoal do Expedia Group em 2020 e 2021 não foi apenas relacionada à pandemia. Em fevereiro de 2020 — antes que o impacto potencial da Covid-19 estivesse em primeiro plano — o presidente da empresa, Barry Diller, caracterizou a OTA como uma “organização inchada”.

No início de daquele ano, o Expedia anunciou planos para cortar 12% de seus quadros de funcionários e, em seguida, fez demissões adicionais. A emprsa terminou 2020 com 19,1 mil funcionários e, em seguida, cortou outros 23% de seu time em 2021.

No segundo trimestre de 2024, a receita do Expedia Group de US$ 3,558 bilhões estava a uma distância gritante do período comparável em 2019. A empresa deve compartilhar seus resultados financeiros do terceiro trimestre amanhã (7).

(*) Crédito da capa: Freepik