No terceiro trimestre deste ano, a hotelaria brasileira registrou crescimento nos principais indicadores, conforme dados divulgados pela HotelInvest em parceria com o FOHB (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil). Segundo a prévia do Panorama da Hotelaria Brasileira, o setor apresentou desempenho semelhante ao do trimestre anterior.
A taxa de ocupação teve um aumento moderado, de 3%, enquanto a diária média registrou um incremento mais significativo, de 8%, em comparação com o mesmo período do ano passado. O avanço desses dois indicadores impulsionou o RevPar, que subiu 11,2%. Analisando o desempenho por cidade, com exceção de Porto Alegre, cujo resultado foi impactado pelas chuvas de maio, e Brasília, que apresentou queda de 1,3% na ocupação, as demais capitais analisadas tiveram aumento no indicador entre julho e setembro em relação aos mesmos meses de 2023.
Recife e Manaus foram os destaques, com crescimento de 18% e 12%, respectivamente. Esse resultado foi impulsionado por eventos relevantes que movimentaram a hotelaria local e pelo aumento da malha aérea nessas regiões, o que contribuiu positivamente para o setor.
Nesta edição do estudo, foram analisados 197 hotéis, somando 34,1 mil UHs em 10 cidades brasileiras: Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Outros dados
Ainda no recorte por cidade, Brasília e Rio de Janeiro se destacaram com os maiores aumentos na diária média, com crescimento de 12,8% e 15,9%, respectivamente. No caso da capital federal, o resultado é atribuído à aplicação de tarifas mais altas em períodos de grande demanda, como durante eventos esportivos e feiras.
No Rio de Janeiro, a elevação se deve à realização do Rock In Rio em setembro. Em relação ao RevPar, todas as capitais, exceto Porto Alegre, registraram crescimento comparado ao mesmo período de 2023.
Para o último trimestre de 2024, há expectativa de que a demanda aumente em razão do calendário de eventos nas capitais e de shows internacionais. Assim, projeta-se uma leve alta na ocupação e um crescimento mais expressivo nas tarifas.
(*) Crédito da capa: Arquivo HN
(**) Crédito do infográfico: Reprodução/HotelInvest