domingo, 22/setembro
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Alagev: 83,06% das empresas retomaram viagens corporativas em 2021

Em um novo estudo, a Alagev (Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas) divulgou hoje (22), atualizações sobre os impactos da Covid-19 e da variante Ômicron no setor. Apontando uma retomada otimista, o levantamento identificou que 83,06% das empresas voltaram a viajar entre outubro e dezembro de 2021.

Denominada “Tomada de Informações – Impacto Coronavírus em viagens e eventos corporativos”, a quarta edição da pesquisa foi realizada no período de dezembro de 2020 a janeiro de 2021, e contou com a participação de 473 fornecedores, gestores de viagens e de eventos. Enquanto o outro levantamento, “Impactos da Ômicron em viagens e eventos corporativos”, foi realizado brevemente em janeiro, com 43 respondentes.

Com base nos dados, Giovana Jannuzzelli, diretora executiva da Alagev, acredita que há grande otimismo desse mercado, principalmente no primeiro trimestre de 2022, ainda que a variante já estivesse presente. “No contexto geral, com o avanço da vacinação e a eficácia dos protocolos de segurança, notamos que as pessoas estavam se sentindo mais seguras para a retomada das atividades.”


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“Realizamos em janeiro um rápido levantamento sobre o impacto da Ômicron e percebemos que houve um certo desconforto, mas entendemos que é algo passageiro e esses números podem se confirmar com a 4ª Tomada”, complementa.

Impacto do coronavírus

Entre 168 fornecedores, 20% indicaram cancelamentos de viagens dos clientes, porém 55% perceberam aumento na demanda, dos quais 44,8% apontam o crescimento no primeiro trimestre do ano. Quanto aos eventos, 41,74% suspenderam parcialmente e 37,39% adiaram encontros. Ainda assim, há otimismo, visto que 45,13% mantêm expectativa de retorno no primeiro trimestre de 2022.

Dos 169 gestores de viagens entrevistados, as viagens retomaram, ainda que com orçamento reduzido em relação a 2019. A utilização de plataformas remotas é o principal fator para tal declínio, segundo 94,12% dos respondentes. Ainda assim, 35% preveem aumento do volume de viagens de até 20%, enquanto 45% acreditam que o crescimento seja de até 40%.

Quanto aos gestores de eventos, 53,62% sofreram de forma significativa com o impacto do coronavírus. 64,77% deles pretendem realizar todos os tipos de encontros (virtual, presencial e híbrido), mas 68% limitam a participação para apenas vacinados e 88,41% são a favor da testagem e exigem passaporte da vacina. Entre os 136 participantes, 42,67% afirmaram já promover ações presenciais e 20% acreditam que essas voltarão a ter os números de pessoas iguais às de 2019 logo no primeiro trimestre deste ano.

Do total de todos os entrevistados da pesquisa, 69,64% dos fornecedores estudam atitudes preventivas de segurança quanto à nova variante; já 82,76% dos gestores de viagens e 78,26% dos gestores de eventos não pretendem realizar nenhuma ação.

Omicrôn

Já o segundo levantamento promovido pela Alagev, com foco na nova variante, contou com 43 entrevistados – 23 são gestores de viagens, nove da área de eventos e 11 fornecedores. Desses, 30,23% apontaram que seus colaboradores estão desconfortáveis para viajar e participar de eventos, 9,3% estão indiferentes, 6,98% confortáveis e 53,49% deixaram de opinar por não terem elaborado nenhuma pesquisa entre os funcionários.

Quanto às ações adotadas em relação a viagens e eventos corporativos, paralisação de contratação e retenção de custos, manutenção das mesmas restrições de viagens do início da pandemia, suspensão temporária de viagens, cancelamentos de eventos ou prorrogação de datas, retorno aos encontros virtuais e retomada do home office, estavam entre as principais respostas.

(*) Crédito da capa: StelaDi/Pixabay