De acordo com relatório divulgado hoje (29) pelo Ministério do Trabalho, o Brasil gerou 328,5 mil empregos com carteira assinada em fevereiro. Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que apontou queda em relação a igual período do ano passado, quando foram criadas 397,5 mil oportunidades profissionais, aponta o G1.
Segundo com Bruno Dalcolmo, secretário-executivo do Ministério, a desaceleração no número de empregos frente ao ano anterior é natural. “As empresas não continuarão contratando naquele ritmo para sempre, mas o resultado ainda é um número expressivo, que merece ser comemorado”, destaca. No acumulado do primeiro bimestre de 2022, foram criadas 478,9 vagas de emprego.
Ao todo, o número de admissões no país durante o período – entre empregos formais e informais – ficou acima de 2 milhões. O de demissões, por sua vez, foi superior a 1,6 milhão. O número representa a maior geração mensal de empregos formais desde agosto de 2021, quando as contratações superaram as demissões em 383 mil vagas. A estimativa do Ministério é de que até o fim deste ano sejam geradas até 2 milhões de oportunidades com carteira assinada. Ao final de fevereiro, o Brasil possuía saldo de 41,2 milhões de empregos formais.
Setor de serviços se destaca na geração de empregos
Ainda de acordo com o levantamento, o setor de serviços se destacou na geração de vagas formais em fevereiro. Ao todo, foram criados 215,4 mil empregos no período. O setor – que voltou a crescer no começo deste ano e responde pela maior fatia do PIB (Produto Interno Bruto) – é seguido pela indústria, construção, comércio e agropecuária.
Na hotelaria – que integra o setor de serviços – a alta na demanda neste período de retomada reflete na geração de empregos. Semanalmente, diversas vagas são abertas para várias funções em empreendimentos de todo o Brasil.
No recorte geográfico, a região Sudeste responde por 162,4 mil empregos. Em seguida, aparecem Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Norte. O salário médio de admissão em fevereiro ficou em R$ 1.878,66. O valor também representa queda em relação a janeiro, quando o valor registrado foi de R$ 1.939,80. Frente ao mesmo mês do ano passado, também foi observada queda. No período, o salário médio de admissão era de R$ 1.926,36.
Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que a taxa de desemprego no Brasil ficou em 11,2% no trimestre encerrado em janeiro, atingindo 12 milhões de pessoas. O número de ocupados foi de 95,4 milhões, alta de 1,6% ante o trimestre anterior.
(*) Crédito da foto: Tumisu/Pixabay