sábado, 21/setembro
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Viagens aéreas precisam de preços mais acessíveis no Brasil, diz Iata

Uma das pedras no sapato da retomada do turimo, os altos custos das viagens aéreas seguem preocupando a cadeia produtiva do setor como um todo. Crucial para a manutenção da ocupação hoteleira em muitas praças do Brasil, o aéreo precisa rever seus valores, segundo informado pela Iata (Associação Internacional de Transportes Aéreos).

Segundo informações veiculadas hoje (10) pelo UOL, Peter Cerdá, vice-presidente regional da entidade, as viagens aéreas precisam se tornar mais acessíveis no mercado brasileiro a partir da redução dos custos de combustível. A declaração foi realizada durante a assembleia anual do Acilac (Conselho Internacional de Aeroportos da América Latina e Caribe), promovida em Buenos Aires.

Na mesma ocasião, Cerdá alegou que o brasileiro viaja pouco de avião, especialmente no mercado doméstico, onde as dimensões são continentais. “As concessões de aeroportos no Brasil estão indo para o lugar certo, trazendo boa qualidade de serviço, mas a média de viagens aéreas ainda é baixa. Temos de tornar as viagens mais acessíveis, os impostos sobre combustível ainda são altos”, comentou o executivo em entrevista ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado).


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Ainda de acordo com o dirigente, a Iata vem trabalhando com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e representantes do Congresso para traçar o caminho das próximas políticas regulatórias para o setor, com o objetivo de estimular a aviação. Segundo Cerdá, a média de viagens por habitante brasileiro ao ano é de 0,42. “É preciso ter mais oportunidades de conectividade”, pontuou.

Perspectivas eleitorais

Cerdá também se mostra preocupado com a possibilidade do aumento de impostos no setor para os próximos anos. Segundo ele, esse é um possível cenário para a América Latina, considerando candidatos com campanhas políticas baseadas em “reformas sociais”.

“Temos visto na região a eleição de governos mais de centro-esquerda, menos voltados para uma economia de mercado”, avalia Cerdá. “Queremos ter certeza de que esses governos entendem o valor da aviação e do transporte aéreo para a retomada econômica, impor novas taxas seria contraditório a esse objetivo”, finaliza.

(*) Crédito da foto: Nayara Matteis/Hotelier News