Sim, é isso mesmo que você leu no título. Brasília estará com hotéis lotados e preços nas alturas nas festas de fim de ano. Historicamente um período de baixa demanda para a cidade, visto que o Réveillon local não está entre os mais concorridos do país, a capital federal receberá um grande volume de pessoas em função da posse de Luiz Inácio Lula da Silva, marcada para 1º de janeiro (domingo).
Dados obtidos com exclusividade pelo Hotelier News com a OTA Insight mostram intensa busca por hotéis na cidade para os últimos dias do ano, com pico expressivo de demanda no dia 31 (veja infográfico abaixo). “Pelo gráfico é possível ver que a demanda é infinitamente maior do que em outros períodos, com uma grande distorção”, acrescenta Ricardo Souza, Lead Team da OTA Insight na América Latina.
Plataforma da data intelligence para hotéis, a OTA Insight captura na internet dados públicos de buscas e disponibilidade hoteleira das principais agências online, fornecendo um bom retrato da demanda em várias praças ao redor do mundo. Para o período em questão em Brasília, outras análises interessantes mostram o tamanho da procura por quartos na capital federal.
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“Pelo que observamos em nossa plataforma, 94% dos hotéis já não estão mais vendendo nas OTAs. Além disso, entre as propriedades que ainda têm disponibilidade nas agências online, as reservas só são permitidas para um mínimo de três noites”, revela Souza, acrescentando que não só a hotelaria deve ter lotação no período.
“Os números mostram ainda que 95% das acomodações alternativas nos canais de short-term rentals já não estão mais disponíveis”, completa o executivo da OTA Insight.
Preços em alta
Com a demanda crescente, a hotelaria de Brasília foi rápida e, desde o fim do segundo turno das eleições presidenciais, ajustou a estratégia de precificação. No gráfico abaixo é possível ver a correção feita pelo setor, com a curva em azul demonstrando a média das tarifas públicas nas OTAs em 31 de outubro, enquanto a linha amarela sinaliza o preço em 14 de novembro.
“Podemos ver que, desde o segundo turno das eleições, as tarifas cresceram 60% até a data de 14 de novembro, recorte que fizemos para essa análise. Ou seja, a média dos preços subiu de R$ 550 para mais de R$ 900”, finaliza.
(*) Crédito da foto: José Cruz/Agência Brasil
(**) Crédito dos infográficos: OTA Insight
