Chapada Diamantina, na Bahia, foi uma das regiões que subiu de categoria
O Ministério do Turismo atualizou ontem (8) a categorização dos municípios que compõem o Mapa do Turismo Brasileiro. A nova classificação passou a levar em conta quatro variáveis de desempenho econômico: número de empregos e de meios de hospedagem, além de estimativas de fluxo doméstico e internacional. A partir disso, foram divididos por letras, que vão de A a E.
Segundo o Mtur, 358 municípios brasileiros passaram a ser mais bem avaliados em sua atuação no setor. Na direção contrária, algumas cidades regrediram, seja pela redução do fluxo de visitantes ou pelo encolhimento da mão-de-obra e da infraestrutura turística.
“Com a nova categorização, temos elementos para aprimorar a gestão do turismo, otimizar a distribuição de recursos e promover o desenvolvimento do setor”, afirma o ministro do Turismo, Marx Beltrão. “A intenção não é hierarquizar, mas agrupar municípios com características semelhantes para que possamos traçar parâmetros para atendimento a diferentes necessidades”, completa.
Categorização: avanços e quedas
De acordo com a nova classificação, 189 cidades subiram da categoria E para D. Com isso, passaram a ser elegíveis a receber recursos federais para promoção de eventos, por exemplo, algo permitido apenas às cidades categorizadas entre os níveis A e D. Na direção contrária, apenas 82 cidades desceram da categoria D para E.
A atualização, segundo o ministério, deixou mais visível o esforço que muitas cidades estão fazendo para se estruturar. É o caso da região das Trilhas do Rio Doce (MG), onde nove municípios subiram de categoria. Outros destaques foram a Chapada Diamantina (BA), Encantos do Sul (SC), Turística Pantanal Mato-Grossense (MT) e Rota Norte (MS).
Leonardo Riul, coordenador-geral de Mapeamento e Gestão Territorial do Turismo, acredita que a evolução nas categorias de municípios da mesma região revela o sucesso da estratégia de regionalização do turismo, adotada pelo MTur desde 2004. “Percebemos com essa nova categorização que os municípios apoiaram a regionalização, tiveram um resultado melhor, trabalhando de forma conjunta, para fortalecer as regiões turísticas”, comenta Riul. “Esse processo é bem-vindo não só para a gestão das áreas, mas também para os turistas, que passam a ter mais opções de lazer não só no destino escolhido, mas também no entorno”, finaliza.
Em janeiro, o Mtur abriu as incrições de projetos no Sistema de Convênios do Governo Federal. Com isso, órgãos e entidades da Administração Pública Federal, Estadual, Municipal ou Distrital já podem pleitear recursos do Ministério do Turismo para a realização de obras de infraestrutura turística e eventos.
(*) Crédito da foto: Walter Cardoso/Pixabay