De Porto de Galinhas (PE)*
Mota: pós-venda precisa ser bem feito
Além do levantamento apresentado pela FGV (Fundação Getulio Vargas), outro estudo sobre a indústria de multipropriedades foi apresentado no Adit Share, aberto hoje (18), no Enotel Convention & Spa Porto de Galinhas. Especializada em planejamento e desenvolvimento imobiliário, urbano e hoteleiro, a Caio Calfat Real Estate Consulting apresentou a pesquisa Cenário de Desenvolvimento de Multipropriedades no Brasil 2018, que trouxe uma estimativa positiva: o VGV (Valor Geral de Vendas) do setor deve chegar a R$ 16 bilhões este ano.
Em sua terceira edição, o levantamento aponta que houve crescimento de 48% no número de empreendimentos no comparativo entre 2017 e 2018, que pulou de 54 para 80. “Atribui-se a esses dados o aumento do número de projetos em construção, que cresceu 73%, e a adesão de empreendimentos prontos, que adotaram depois o sistema de fracionamento”, comentou Alexandre Mota, diretor da Caio Calfat Real Estate.
Por região, houve significativo aumento no número de empreendimentos, apontou Mota. “No Nordeste passou se sete para 17, enquanto que, no Sudeste, o total de propriedades dobrou, saltando de 8 para 16” destacou. “Caldas Novas (GO) segue liderando entre as cidades pelo terceiro ano seguido. Já Gramado (RS) desponta como o ‘destino novidade’, com cerca de 1,5 mil novos apartamentos previstos nos próximos anos”, completou.
Adit Share: mais números
Mota destacou outros números sobre a indústria de multipropriedades no Brasil. “É interessante ver e que a média de semanas de uso caiu 3,4, em 2017, para 2,8 este ano. Vale destacar que os primeiros empreendimentos do setor tinham programas de 4 semanas”, observou Mota. “Em termos de valores, houve aumento de 13% no preço da semana vendida, que foi de R$ 15 mil para R$ 17 mil”, completou.
Em relação ao pipeline de desenvolvimento, o estudo aponta que estão confirmados 16.429 apartamentos até 2023. Destes, 15.866 apresentam informações disponíveis sobre data estimada de entrega. Com sete e seis projetos, respectivamente, as regiões Sul e Sudeste lideram essas aberturas.
Para finalizar, Mota destacou a importância do pós-venda para a indústria. “Não pode pensar como um incorporador, que entrega o empreendimento e dá um tchau ao cliente. A relação precisa ser mais próxima. Há muitos serviços para ainda serem feitos no mercado”, avalia. “Os produtos têm que ser perenes, do contrário podem contaminar o setor, que assim não vai se sustentar”, finaliza.
(*) Crédito da foto: Vinicius Medeiros/Hotelier News
(**) O jornalista do Hotelier News viaja a convite da Adit Brasil