quinta-feira, 14/novembro
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CNC: confiança do comerciante aumenta 2,1% em março

CNCSeis em cada dez entrevistados apresentaram confiança na economia

Com o maior avanço desde 2012, o Icec (Índice de Confiança do Empresário do Comércio) subiu 2,1% em março, frente ao mês de fevereiro. Em comparação a igual período em 2018, o acréscimo foi de 10,9%. Os dados são da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).

Dessa forma, o indicador chegou a 127,1 pontos, atuando acima da zona de satisfação. É o melhor resultado, em pontos, desde novembro do ano passado. Outro dado que reforça o otimismo do empresário do comércio é o Icaec, subíndice que mede as condições atuais dessa classe.


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Neste caso, os valores são igualmente positivos, com alta de 6,4% e 16,7% nas comparações mensal e anual, respectivamente. A pesquisa mostra também que seis em cada 10 entrevistados afirmaram que a economia se apresenta em melhores condições do que há um ano. É o maior grau de satisfação registrado desde março de 2011, quando 65% do empresariado via o cenário econômico desta forma.

De acordo com Fabio Bentes, economista-chefe da CNC, mesmo com o crescimento, um ritmo mais lento também foi percebido. “A confiança dos empresários do comércio cresceu pelo quinto mês consecutivo, mas alguns contratempos na esfera política dificultaram um estimulo mais vigoroso da economia. A não aprovação das reformas essenciais, por exemplo, pode ser considerada um fatores para isso”, explica.

“Ainda assim, o cenário de investimentos no setor, para o decorrer do ano, ainda não está comprometido”, complementa Bentes. Além disso, a entidade reduziu a expectativa de crescimento para 2019, que caiu para 5,4%. Isso aconteceu também pelo fraco início do varejo.

Em seu último levantamento no mês atual, a CNC registrou uma queda de 0,4% na intenção de consumo dos brasileiros. O baixo desempenho deste índice, para a confederação, também teve relação com a demora nas reformas.

CNC: empregos

Mesmo com a previsão de crescimento ter diminuído, algumas melhoras gradativas ainda devem acontecer, segundo analistas da CNC. A recuperação lenta do setor varejista deve representar a contratação de funcionários e ampliação do número de lojas. Entre os entrevistados, 72% relataram disposição para contratar funcionários nos próximos meses, enquanto 47,7% têm planos de investir em novas lojas ou ampliação dos pontos de vendas atuais. 

Já em relação ao nível dos estoques, 23,7% dos entrevistados consideram “acima do adequado”. Esse foi o menor percentual para meses de março desde 2014, quando era 23%. O emprego no setor avançou 1% no ano passado (+71 mil vagas) e, pela primeira vez desde 2014, o saldo entre aberturas e fechamentos de lojas com vínculos empregatícios foi positivo. São 8,1 mil estabelecimentos comerciais em 2018.

Com perspectiva de crescimento ligeiramente maior neste ano, a CNC projeta saldo positivo de 102 mil postos de trabalho formal no varejo e abertura de 23,3 mil novos pontos de venda.

(*) Crédito da foto: Anna Dziunbinska/Unsplash