segunda-feira, 23/setembro
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Turismo, hospedagem e eventos arrecadam R$ 6,7 bilhões na cidade de São Paulo em 2015

Estação da Luz, na região central da cidade de São Paulo
(foto: Pixabay/Matheus Torrezan)

 

Ratificando uma sensação já denunciada por setores do turismo e da hotelaria paulistana sobre os desafios que foram percorrridos em 2015, uma pesquisa da Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) apontou que os serviços de turismo, hospedagem e eventos arrecadaram juntos R$ 6,7 bilhões na capital paulista no ano passado. O número indica uma queda de 6% no faturamento em comparação a 2014.

O desempenho desses três segmentos respondeu por 2,6% do total da receita de serviços gerados por outros setores da cidade de São Paulo. No ano, o faturamento total do setor de serviços caiu 2,8% e atingiu R$ 256,5 bilhões, cerca de R$ 7,5 bilhões a menos do que o valor registrado em 2014. Com a queda, a receita do setor voltou a um patamar inferior ao de 2013, quando atingiu R$ 259,3 bilhões.


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Os dados fazem parte da PCSS (Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços), a qual disponibiliza o primeiro indicador mensal de serviços em âmbito municipal, elaborado pela FecomercioSP  com base nos dados de arrecadação do ISS (Imposto sobre Serviços) do município de São Paulo.

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, a retração no segmento de serviços do turismo, hospedagem, eventos e assemelhados se deu em parte pela redução do consumo das famílias, reflexo da inflação elevada, do aumento do desemprego, da queda de renda e da intenção de endividamento. Assim, os viajantes tornaram-se mais cautelosos e diminuíram a compra de pacotes de viagens, sobretudo por meio de parcelamentos. Além disso, também optaram por pacotes mais baratos.

Para a Federação, os números também refletem o impacto da crise no setor de viagens corporativas. Com ajustes e corte de custos por parte dos empresários, houve a diminuição de investimentos em viagens e eventos corporativos. Outro fator salientado é o avanço do encerramento de atividades e, também, um possível aumento da informalidade no setor. 

O principal destaque positivo da Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços ficou por conta do aumento do faturamento na categoria Simples Nacional – cadastradas no programa do governo federal que visa simplificar a burocracia das empresas.

Emprego
A queda do faturamento teve reflexos no mercado de trabalho e levou à eliminação de vagas no setor de turismo. Em 2015, apenas nas atividades de alojamento e alimentação, foram eliminadas 5.365 vagas formais de trabalho na cidade de São Paulo. Com isso, o número total de trabalhadores no segmento caiu para 232.094, contra 237.459 em 2014. A participação do emprego total do segmento no setor de serviços paulistano ficou em 6,6%.  

Serviço
fecomercio.com.br