quinta-feira, 14/novembro
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Accor fala em cautela em projeto de expansão

O crescimento do número de quartos é uma métrica fundamental para qualquer grupo hoteleiro. A Accor, por outro lado, afirma que está crescendo com cautela. Sébastien Bazin, CEO da gigante francesa, diz que o desenvolvimento de novos hotéis traz consigo consequências ambientais que a indústria não pode ignorar, aponta o Skift.

Porém, o executivo pondera que, no fim das contas, os novos hotéis são uma boa notícia para qualquer destino, na maioria dos casos. “Quando estamos falando de um grupo como a Accor, que abre um hotel por dia, sei que abriremos menos empreendimentos se quisermos cumprir com as metas de sustentabilidade”, diz Bazin.

Sob a supervisão do CEO nos últimos sete anos, o portfólio da Accor cresceu rapidamente, adquirindo grupos hoteleiros inteiros de uma só vez, incluindo, recentemente, a Ennismore. Hoje, a companhia tem mais de 1 milhão de quartos e 6,5 mil hotéis em operação ou desenvolvimento.


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Ao invés de dizer que a Accor iria abandonar o desenvolvimento, Bazin destacou que as viagens globais devem encontrar uma forma de redirecionar os viajantes para longe de destinos superlotados.

Do 1,5 bilhão de viajantes anualmente, 95% deles visitam o mesmo conjunto de destinos, o que representa 5% do planeta. De acordo com o CEO da rede, existe um paradoxo predominante na indústria, no qual os acionistas querem ver o crescimento do portfólio, mas ao mesmo tempo querem ver um progresso tangível nas iniciativas ESG.

“Aqui está outro paradoxo: todas as empresas hoteleiras listadas, seus acionistas valorizam o grupo no ritmo de crescimento, mas essas mesmas pessoas dizem para sermos amigos do planeta. Bem, se eles querem isso, precisamos desacelerar o ritmo de abertura”, diz.

Com tudo isso, o executivo aponta que a hospitalidade global deve continuar a crescer e se desenvolver porque, segundo sua matemática, o benefício social supera o negativo ambiental.

“Vocês, operadores, sabem do impacto ao meio ambiente, claro, eu sei disso. Mas será que podemos superar esse impacto por meio de formação, educação e compras locais? Garanto que, se você fizer as contas, o que você faz pelos habitantes locais é muito maior do que o que você tira deles”, afirma.

“Então vocês deveriam continuar abrindo, porque o que isso faz pela comunidade local é superimportante”, finaliza.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Accor