Patrick Mendes (ao centro) e sua equipe de executivos da AccorHotels para a América do Sul
A despeito do ano de 2017 ter sido desafiador na América do Sul, Patrick Mendes, CEO da AccorHotels para a região, destacou a resiliência da empresa em seus investimentos nessa parte do globo. De fato, a companhia segue firme em seus planos de chegar a 500 unidades no continente até 2020. Só no ano passado foram 52 aberturas. Outros 43 contratos foram assinados, incluindo os 21 do acordo com o BHG (Brazil Hospitality Group).
Com isso, a AccorHotels passou a operar 329 empreendimentos na América do Sul, com um total de 51,8 mil quartos. “Foi um ano excepcional em termos de aberturas. Abrimos um hotel por semana em toda região. Imagine que, há quatro ou cinco anos, inaugurávamos um por mês. Aceleramos bastante nossa expansão e desenvolvimento em 2017”, celebrou Abel Castro, vice-presidente senior de Desenvolvimento e Relação com Investidores da AccorHotels para América do Sul.
Globalmente, a AccorHotels inaugurou 301 empreendimentos, o que representou uma adição de 51.413 quartos, dos quais 94% são oriundos de contratos de administração e franquias. Com 42 inaugurações, o Brasil liderou o número de aberturas na América do Sul e foi o segundo mercado com maior ganho de novas unidades. Ao final de 2017, a empresa somava um portfólio de 4.283 hotéis (616.181 quartos) e um pipeline de 874 hotéis (161 mil quartos), sendo 78% em mercados emergentes (142 na América do Sul) e 47% na região Ásia-Pacífico.
Luxo é destaque na expansão
Até 2020, a AccorHotels tem ao menos quatro contratos assinados para a abertura de hotéis de luxo na América do Sul. Em 2019, por exemplo, o primeiro Fairmont entra em operação na região, mais precisamente no Rio de Janeiro. O hotel funcionará no antigo Sofitel Copacabana, que está sendo totalmente repaginado com um aporte de R$ 250 milhões. Medellin, na Colômbia, ganhará o terceiro Swissôtel do continente, enquanto a bandeira MGallery terá duas unidades inauguradas, sendo uma na Argentina e outra no Uruguai.
"Estamos próximos da nossa meta dos 500 hotéis até 2020 na América do Sul. Como vamos fazer isso? Com desenvolvimento orgânico, assinando contratos com parceiros novos e antigos, mas também com aquisições. Estamos muito ativos globalmente e também localmente, caso da BHG", disse Abel Castro. “Estamos sempre de olho em oportunidades. Não há muitas no Brasil, por exemplo, pois há algo em torno de 25 empresas atuando por aqui. Ainda assim, temos muito apetite e estamos sempre conversando e avaliando possibilidades. Como vocês viram em nossos resultados financeiros, caixa não nos falta”, completou Patrick Mendes.
A&B em foco
Mendes também destacou o papel estratégico que a área de Alimentos & Bebidas vai ganhar na empresa este ano. Segundo o executivo, na categoria Luxo, o departamento representa 33% da receita dos empreendimentos. Nos segmentos midscale e econômico, esse percentual cai para 21% e 17% respectivamente, mas a AccorHotels quer investir forte.
“Nossa região foi a mais significativa em termos de evolução de receita em A&B do mundo. Estamos implementando mudanças de conceito nos hotéis. O Pullmann é um exemplo: o cliente entra no empreendimento e já encontra um bar/restaurante no lobby”, afirma o CEO. “Mesmo em hotéis econômicos estamos investindo, como demonstra a abertura do QCeviche, no Ibis Faria Lima”, acrescenta Franck Pruvost, diretor de Operações da família Ibis para a América do Sul.
(*) Crédito da foto: Hotelier News