segunda-feira, 23/setembro
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Airbnb tem grandes eventos como mola propulsora e amplifica alcance dentro do Brasil


Desde julho, Leonardo Tristão dirige as ações da Airbnb no Brasil
(foto: Filip Calixto)

Em março deste ano, representantes do comitê Rio 2016 – entidade que organiza os Jogos Olímipicos do Rio de Janeiro – posaram para fileiras de fotógrafos apertando as mãos de representantes da Airbnb – plataforma mundial de aluguel de casas e apartamentos por temporada. O gesto, além de simbolizar o acordo entre as duas partes, aumentava em 20 mil leitos a oferta carioca de hospedagem para o período em que os jogos estiverem acontecendo. O acordo, que também consiste num patrocínio ao evento esportivo, trouxe a possibilidade de poder acomodar mais turistas no destino e, para a empresa de atuação global, a consagração de um modelo de hospedagem que não para de crescer mundo afora. Atualmente, em termos globais, são dois milhões de acomodações e em solo brasileiro o número só aumenta, impulsionado pelos eventos esportivos sediados no País e no embalo do aumento das viagens domésticas.

Criada de maneira embrionária em 2008, por um trio de estadunidenses, não é primeira vez que a companhia aparece de maneira relevante no mercado nacional. Durante a Copa do Mundo, realizada no ano passado, o número de propriedades cadastradas no site saltou consideravelmente. Hoje são mais de 50 mil ofertas e, do final de 2014 até aqui, o contingente de locais de hospedagens cresceu 28%.  


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Tais números traduzem o êxito alcançado até aqui e dão fôlego para os próximos passos da corporação. Em curva ascendente, a oferta carioca para as Olímpiadas deve, inclusive, crescer até a metade do ano que vem. Já são 7,5 mil reservas feitas para o ínterim, em 36 bairros da região, movimentando até os mais afastados dos locais de competição. Turistas de 54 países já compraram pela plataforma. 

Na geometria que mostra o planejamento da organização, a parte que faz referência ao Brasil tem uma ramificação com três pontas merecedoras de igual atenção. São elas: o mercado doméstico, o senso de comunidade de clientes o anfitriões, e os Jogos Olímpicos que aparecem como uma vitrine de oportunidades. 

O episódio olímpico, num exercício de observação, pode ser encarado como uma ilustração de um potencial que os representantes da empresa insistem em ressaltar. De acordo com o recém-chegado, Leonardo Tristão, diretor geral da Airbnb no País, reside no jeito acolhedor do brasileiro o gatilho para o crescimento vertical da marca. "Apenas no mês de setembro, tivemos cinco mil cadastros de novos anfitriões colocando suas casas no nosso portfólio", revela. De acordo com o executivo que está na empresa desde julho, os destinos nacionais terão papel de protagonismo dentro do plano de expansão da organização até 2020.

Questionado sobre os motivos pelos quais o mercado brasileiro pode ter destaque dentro da gama de ofertas da companhia, o diretor elucida sua opinião. "Algumas fatores me fazem acreditar nesse potencial. Pelo mercado interno que cresce ano a ano, pela capacidade de trazer viajantes vindos de outros países, pela hospitalidade inerente ao povo nascido aqui e pela democratização do turismo que é uma realidade. Mas democratização do turismo com qualidade, com experiência genuína, que os nossos anfitriões e comunidade podem oferecer". 

Nos pontos acima, Tristão cita o conceito de experiência que aparece como um dos pontos nevrálgicos dentro da cultura Airbnb. Em todos os momentos, a corporação frisa a fidedignidade que estar numa casa de um morador local confere ao conhecimento do viajante sobre determinada localidade. Conforme reza a cartilha da empresa, o convívio com moradores do destino que se visita e a proposta de morar temporariamente em casas desse lugar poder ser nascente de vivências mais genuínas.

Nesse cenário, outro tema bastante salientado é a reputação, que é renomeada como capital social, determinante para orientar a relação visitante locador. Segundo o diretor brasileiro, está aí o verdadeiro tesouro da relação mediada pela plataforma. "A reputação, tanto de bom anfitrião, como de bom viajante, é o que concretiza os contatos feitos pelo site", afirma. Entre a intenção e a finalização da reserva há um processo que passa, necessariamente, pela verificação de segurança feita pelo site, no ato do cadastro e pelas partes envolvidas que podem conferir informações sobre seu interlocutor.


Tristão ao lado de Flávia Delpra, uma das anfitriãs da plataforma pelo Brasil

"Dou preferência a viajantes que estejam em passeios familiares e pessoas que viajam a trabalho", conta Flávia Delpra, ceramista e uma das anfitriãs do site com uma casa disponível na região do Alto dos Pinheiros, em São Paulo. Ela comenta que tem a liberdade de escolher quem são os hóspedes que irá receber. 

Flávia faz parte de um mercado que dá bons sinais para a Airbnb. Atualmente, São Paulo é a segunda cidade com mais acomodações cadastradas, são sete mil, ficando atrás apenas da capital fluminense. Num ranking nacional aparecem na sequêcia: Florianópolis, Campos do Jordão – no interior paulista – e Fortaleza. 

Serviço
www.airbnb.com