A Marriott International divulgou esta semana os resultados financeiros do terceiro trimestre de 2024, reportando alta no RevPar global. O balanço mostrou avanço significativo nos grupos, que ajudaram a elevar o indicador. Este cenário deixou um importante recado para o setor hoteleiro: o corporativo voltou com força no mundo. CEO da rede norte-americana, Anthony Capuano também deixou outra mensagem vital para o mercado durante a call com investidores: a empresa elevará esforços para ter hotéis mais eficientes.
Durante a teleconferência, Capuano disse que o desempenho de grupos período se beneficiou de “aumentos robustos” tanto no volume, quanto nos preços. Globalmente falando, o RevPar da Marriott avançou 3% período, enquanto o de grupos registrou aumento de 2%, com perspectivas de crescimento contínuo para o ano que vem, aponta o CoStar.
No Brasil, o corporativo também vê retomada significativa. Relatório divulgado pela Abracorp (Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas) mostra que a hotelaria foi um dos segmentos que mais contribuiu com a performance do setor no terceiro trimestre, quando as viagens corporativas movimentaram R$ 3,3 bilhões. Frente ao período pré-pandemico (2019), por exemplo, a indústria de hospitalidade fechou o período com expansão de receita corrigida a inflação, ressaltando seu bom momento.
Busca por eficiência
Ao que tudo indica, o ano de 2025 será de margens de expansão mais baixas para a hotelaria, em comparação com 2022 e 2023, anos marcados por uma forte demanda reprimida, devido às limitações impostas pela pandemia nos anos anteriores. Ainda assim, as diárias seguirão sendo o principal driver de crescimento do setor. Diante disso, para conseguir ir além do orgânico, a hotelaria precisará trabalhar a eficiência.
Na Marriott, Capuano destacou que há uma evolução em andamento, com o objetivo de melhorar a eficácia. “Queremos capacitar ainda mais nossas equipes mais próximas de nossos mercados, hóspedes, proprietários e franqueados para operarem com ainda mais agilidade”, disse na call com investidores.
A rede espera que esses esforços renderão de US$ 80 milhões a US$ 90 milhões em reduções anuais de custos gerais e administrativos antes de impostos a partir de 2025. Isso também deve resultar em economia para proprietários de hotéis e franqueados.
A razão para este processo de aumento da eficiência é que, como a Marriott opera a partir de uma posição de força, é hora de adotar uma visão holística da organização, segundo o CEO. “Portanto, parece o momento certo para realmente analisar toda a empresa e descobrir quais ajustes podemos fazer para melhorar e melhorar nossa eficiência”, finalizou.
(*) Crédito da foto: Divulgação/Marriott International