De acordo com Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do BC (Banco Central), a instabilidade do cenário internacional deve ser compensada pela conjuntura interna, que tem estado mais favorável. As declarações do executivo foram dadas em uma reunião do Conselho Empresarial de Economia da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), conforme aponta a Folha.
O profissional destacou que tanto em termos de crescimento econômico quanto em termos de inflação, o Brasil teve surpresas positivas ao longo deste ano. “Então, temos um cenário mais desafiador do ponto de vista internacional. Mas que é compensado, se a gente quiser olhar o lado positivo, por um cenário mais benigno do ponto de vista doméstico”, comentou.
No último mês, o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC reduziu a Selic de 13,25% para 12,75% ao ano. Esse foi o segundo corte consecutivo na mesma intensidade, que levou os juros ao menor nível desde maio de 2022. O Comitê volta a se reunir nos dias 31 de outubro e 1º de novembro.
LEIA TAMBÉM
Outras considerações
Para este ano, o BC revisou para cima sua projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) e agora espera um avanço de 2,9%. A última estimativa, divulgada em junho, era de alta de 2%.
Em 12 meses, a inflação acumulada atingiu 4,61% até agosto, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na prévia de setembro, houve aceleração puxada pela alta da gasolina, apesar da queda nos preços dos alimentos. Amanhã (11), será divulgado o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
Os preços do petróleo subiram 4% ontem (9), enquanto a Bolsa brasileira abriu em queda. A última edição do boletim Focus, divulgado toda segunda-feira pelo BC, mantém a previsão de encerrar 2023 com a Selic em 11,75%, corroborando a fala de Galípolo.
(*) Crédito da foto: geralt/Pixabay
